O VAR é uma aula de física. Leva muito tempo para os mortais seguirem sem entender nada a respeito. É importante. Essencial. Elucida muitas coisas. Outras, quanto mais se explica, menos se entende.
Eu estava no gramado atrás da meta de Weverton quando era claro de ver – até de ouvir – o braço na bola de Diogo Barbosa. Não precisava levar o longo tempo que passaram árbitro e VAR até Gilberto empatar o jogo que era ótimo do Palmeiras, não mais do que razoável do desfalcado Bahia. Não precisava ter levado tanto tempo – como também levou para validar os gols claros do Palmeiras. Mais o primeiro que o segundo. Ambos de Dudu, em ótima jornada. Tão boa quanto as estreias de Luiz Adriano e Vítor Hugo, no melhor tempo alviverde depois da Copa América.
Jogo que era do Palmeiras até o desatino de Felipe Melo que selou o destino da partida, no final da primeira etapa. Ele é marcado pelo apito porque ele criou essa marcação. É o 56º jogador mais faltoso do BR-19. Não é muito. Até a bola bolar, era um amarelo a cada duas faltas. O mais amarelado do campeonato. Muitos deles por indisciplina. Outros por faltas duras como a expulsão tola. Outros pelo combo que ele criou.
O que trouxe o Bahia pra cima do Palmeiras. Mas não tanto. O jogo estava administrado pelo time de Felipão mesmo com a tardia entrada de Eric Ramires no Bahia. Quando Gilberto (em grande fase) furou, Luan o atingiu, e a bola saiu em escanteio. Atrás da meta fiquei em dúvida. Pela TV, tem como discutir bastante. Não é lance óbvio e claro como fala o protocolo do VAR.
Sem a tecnologia, dificilmente seria marcado o pênalti. Mas tem como fazer o que demorou demais o árbitro. Dar o pênalti que Gilberto de novo empatou.
Levando pela demora a partida para além dos 55 minutos. Muito tempo para nem assim dirimir questões. A regra do jogo é interpretativa. Toda ela é respeitável. Estamos ainda em fase de ajustes e aprendizado.
O problema maior é que gente mais experiente tem bobeado em lances capitais. Sem a discussão do segundo pênalti no Allianz Parque.