Victor Luís é aquele cara que você já viu milhares de vezes em jogos do Palmeiras – na arquibancada ou pelas ruas. É aquele torcedor como você que daria a alma para um dia vestir a camisa e jogar como se fosse a única vez na vida
E ele joga. Era dos poucos que jogavam em 2014 quando não havia time e não parecia haver Palmeiras naquela equipe que pediu para cair. É dos poucos que jogou bem o 2018 inteiro. É o pé esquerdo que fez o gol da vitória contra o Santos. O pé que iniciou a única conquista no ano do centenário – a do Torneio Euro-América, contra a Fiorentina, no Pacaembu.
Então era quase nada. Agora parece quase tudo. Parece o próprio lateral que pode ser ser volante e pode muito bem ser titular pela regularidade e eficiência. Atrás e à frente. Pode ser um tanto mais do que é porque parece todo torcedor que vira jogador.
Ele é um dos nossos lá dentro. Com as nossas limitações. Mas uma vontade de superar do tamanho da nossa paixão.
Victor Luís não é craque e não é ídolo da torcida. Mas ele é o que cada um que aqui está gostaria de ser por um dia e ele já foi por 83 vezes: um dos nossos.
O cara que faz um gol da vitória no clássico e se ajoelha pra agradecer como nós depois dele. Ou ao lado dele.
O nosso torcedor que ajoelha antes de a bola rolar pra agradecer a dádiva. Que agradece sempre por ter a divina dívida a ser paga pela graça de ser Palmeiras