Rafinha ganhou de presente de 10 anos entrar em campo pela primeira vez com o time do Palmeiras no Allianz Parque, na clássica e merecida vitória contra um Fluminense com muitos problemas. O aniversariante entrou com o braço na tipoia por uma queda de skate na véspera. No Hino ele ficou um pouco à frente de Felipe Melo, que no campo ficou à frente dos zagueiros que estavam mais próximos dos cinco homens no meio. O Palmeiras já com as digitais de Mano contra o 4-3-3 tricolor, com Ganso e Nenê flanando no meio, Wellington Nen e Yoni em noite triste, João Pedro perdendo gol que não se perde numa das raras quatro chances do Fluminense.
Rafinha contava as horas para sua primeira vez no gramado do Allianz que ele adotou. Na mesma noite em que o contestado Mano pela primeira vez pisou no campo do lado do banco palmeirense. Ele que ainda não havia perdido como visitante. Ele que dirigiu um time que com 8 minutos já fez 1 a 0 com Luiz Adriano, na terceira chance bem trabalhada pelo chão. A bola e o campo foram então dadas ao Fluminense. Como quase sempre acontece com Mano. Até demais.
Na volta do intervalo, o Flu era melhor até uma bela jogada de Willian para Dudu servir bonito Luiz Adriano, aos 12. O Flu murchou. Luiz Adriano fez de cabeça o terceiro em passe preciso de Marcos Rocha. Mais não precisou fazer o Palmeiras de Mano que saiu abraçado por quase todo o elenco é aplaudido merecidamente pela torcida que o renegou antes de estrear.
O jogo vira. A casaca também. Como Rafinha em seu aniversário mais feliz, vestindo o uniforme que acabara de ganhar do pai – são-paulino. João Márcio que há exatos 10 anos colocou na porta da maternidade o uniforme do São Paulo do Rafinha. Clube do menino que sempre amou futebol. Adora esporte. Gosta de jogar. Foi pra escolinha onde joga como meia. E num dia voltou como se fosse o Incrível Hulk de tão verde.
Virou palmeirense da tarde pra noite. Como Mano Menezes.
O pai são-paulino o levou ao jogo do rival – ou melhor, do time do coração do filho. Um amigo corintiano conseguiu o ingresso no gramado para o primeiro jogo no campo do ex-tricolor. Na primeira vitória do ex-rival Mano no Allianz Parque.
Rafinha não vai esquecer. Mano, também. O Palmeiras que lembre da atuação na segunda etapa. E, sobretudo, o palmeirense entenda que quem veste essa camisa vai ser sempre um dos nossos. Independente do berço.