Foi a sexta vitória em 11 confrontos entre Palmeiras x Mirassol. Além dos históricos 6 x 2 de 2013, apenas mais uma vitória da equipe do interior… Mas aquela me deixa cicatrizes como torcedor que a lógica não explica. Como o fato de o time de Luxemburgo voltar pra casa na estreia do gramado artificial atacando na primeira etapa no Gol Sul… NÃO PODE! Desde a inauguração do Allianz Parque, tem que jogar o primeiro tempo atacando para o outro lado, no antigo gol do placar eletrônico, o atual Gol Norte. Para depois jogar no plano inclinado do Gol Sul.
É "assim que funciona", me explica o duende torcedor dentro de mim.
É fato. O Palmeiras desde novembro de 2014 faz mais gols no Gol Sul. Muito mais vezes na segunda etapa. Esse meu apelo tem a mesma lógica que "pedir" durante toda a semana para enfrentar o Barcelona de Messi com Guardiola em vez do bem armado Mirassol do SP-20…
Sim. Reitero o que falei no Esporte Interativo e nas minhas outras tribunas antes de a bola rolar: como torcedor há 53 anos (e por isso jornalista esportivo há 30), eu preferia Messi pela frente ao Mirassol que abriu o placar em seu primeiro bom ataque, aos 14 da segunda etapa. Minutos depois de eu comentar com Rafael Thebas e Wanderley Nogueira, na transmissão da Jovem Pan, que era bem provável acontecer o que a falha de Gómez e o bom lance de Maranhão deram no gol de Rafael Silva.
O primeiro do aprovado novo gramado.
Mal deu tempo para os fantasmas assustarem. Gómez se redimiu empatando de cabeça, aos 23. Aos 25, jogada das apostas de Luxa no segundo tempo; Bruno passou para Veiga virar; aos 31, Veron acertou seu melhor lance para Luiz Adriano com muita tranquilidade e facilidade ampliar.
Vitória justa para um time que pode crescer com Zé Rafael e Patrick de Paula dando qualidade na saída de jogo, Matías Viña estreando como veterano na lateral-esquerda, o improvisado Gabriel Menino atuar bem pela lateral direita na segunda etapa. Mas com Lucas Lima mais uma vez devendo bola.
E eu, agora, devendo mais algumas promessas para São Marcos, padroeiro do Palestra Italia. E para Ademir da Guia, que bateu um pênalti em mim na última sexta-feira no Alianz Parque, quando o gramado reconheceu o Divino.
Tem lógica?
Claro que não. Por isso o futebol é maravilhoso.