O príncipe Bertil da Suécia assistiu ao primeiro tempo do clássico entre os maiores campeões do Brasil na Era de Ouro do futebol nacional. O Rei Pelé, com o devido respeito ao ET universal, também mais assistiu ao jogo do que Ele mesmo jogou. Resultado: Palmeiras 2 x 1 Santos, sábado à noite no Pacaembu, em 8 de abril. Verdão líder absoluto do Grupo B do Robertão, depois de 9 rodadas.
O Palmeiras mereceu a vitória como Dudu mereceu retornar à titularidade no lugar do excelente volante Zequinha (bicampeão mundial pelo Brasil em 1962). Decisão tática e técnica de Aymoré Moreira. A dupla mais longeva da história do clube (e uma das mais antológicas do futebol mundial) voltou a ser coração e cérebro do Palmeiras. Dudu e Ademir. O treinador tinha um ótimo grupo à disposição. Na concentração no hotel Normandie, Aymoré tinha à disposição o goleiro Doná e, além dos ex-titulares Zequinha e Servílio, Osmar, Dario e Geraldo. E mais o goleiro paraguaio Perez, que acabara de ser contratado junto ao Galícia venezuelano, por 30 mil dólares.
O campeão paulista de 1966 abriu o placar aos 26 minutos, em lance de velocidade no contragolpe. Ferrari lançou Rinaldo pela esquerda. O ponta achou Jair Baia que mandou na trave. No rebote, César só deixou o pé. 1 a 0. No primeiro lance da segunda etapa, Dudu desarmou Mengálvio e tocou para Jair Bala, que tocou rápido para Gallardo. O peruano dividiu com Oberdan. Na sobra, César aproveitou o rebote e mandou a bomba. 2 a 0.
O Palmeiras tirou o pé do acelerador. O Santos veio para cima com Buglê no lugar de Mengálvio. Mas Dudu e Ademir na frente da área, e, dentro dela, a grande atuação de Baldocchi (substituto de Djalma Dias que estava sem contrato e não voltaria mais a vestir a camisa vede), garantiram a vantagem até os 44 minutos. Quando Pelé, em Seu único lance de Pelé, lançou a bola na cabeça de Buglê. 1 a 2.
César, Ademir da Guia, Dudu e Baldocchi foram os melhores da justa vitória alviverde, que ampliou a vantagem no Grupo B contra o próprio Santos.