Texto publicado em 2 de março de 2018
Black Panther é o mais novo filme da Marvel Studios. A surpreendente trama do rei T’challa e sua tribo Wakanda já arrecadou mais de € 600 milhões — cerca de R$ 2,4 bilhões — nas bilheterias de todo mundo.
A história do super-herói negro deve ser um marco na história de Hollywood. Com um elenco quase inteiramente negro incluindo o diretor, o filme passa uma importante mensagem de representatividade ao mundo.
Diversos jogadores negros estão comemorando pelo mundo, gols com os punhos cerrados e os braços cruzados, em reverência ao filme. O atacante do Borussia Dortmund Batshuayi, pediu para que a torcida da Atalanta fosse ver o filme após ouvir insultos racistas em um jogo pela Europa League.
Mostrando que esporte, sim, é um lugar de manifestações políticas. Sempre é e sempre será.
Jaílson pode ser considerado a Pantera Negra do Palmeiras. O goleiro chegou aos 35 anos ao reino de Wakanda (Pompéia) para liderar um povo sofrido, que buscava a glória após 22 tenebrosos anos.
Como um verdadeiro super-herói, Jaílson defendeu a sua meta e seu povo com muita garra, honra e trabalho, contra tudo e contra todos.
Nas últimas semanas, Jaílson sofreu com comparações injustas, racismo e até algumas polêmicas desnecessárias.
Como um verdadeiro rei, o goleiro titular do Palmeiras carregou tudo com a sabedoria e a calma de um Buda. Como ele mesmo diz “Jaílson tem a cabeça boa!”
Em entrevista ao repórter André Hernan, do Sportv, após a vitória e a fantástica atuação de ontem frente ao Junior Barranquilla, Jaílson desabafou: “Falaram que eu não chegaria aonde eu cheguei por causa da minha cor.”
Jaílson e Black Panther têm um belíssimo recado para o Brasil e o mundo. A partir de agora, goleiro negro quer dizer invencibilidade, quer dizer defesa que ninguem passa. A tecnologia, o futuro e o desempenho de um ser humano não depende mais da cor da sua pele. Basta!
Em um dia, ele pode até ser derrotado, expulso, humilhado. Mas no final, o super-herói sempre vence. Tipo Jailson, o Pantera Verde.