Após pedido de Gustavo Scarpa, o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível de São Paulo, determinou que Willian Bigode, assim como o restante dos sócios da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, integrem o polo passivo, e pessoalmente, no processo movido pelo jogador do Nottingham Forest, no qual ele afirma ter perdido R$ 6,3 milhões em golpe de criptomoedas.
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De acordo com o atleta, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial indicou o investimento realizado pela XLAND que prometia rendimentos de 3,5% a 5% ao mês. Scarpa, contudo, perdeu o valor aplicado.
O Juiz considerou ser indiscutível nos autos a relação de consumo estabelecida entre as partes, consistente na prestação de serviços de intermediação para compra e venda de criptomoedas e custódia de valores por meio de depósitos operados por plataforma digital, sendo que, em seu entendimento, há indícios contundentes da participação da empresa de Willian na cadeia de fornecedores do serviço disponibilizado pela Xland, visto que captava clientes e intermediava as negociações, almejando a obtenção de lucro com essa operação.
Para basear a decisão, o magistrado teve arrimo nas mensagens entre Scarpa e Willian e Camisa de Biasi Fava, sócios da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial anexadas no processo. Nestas, os responsáveis pela empresa foram intermediários nas negociações de investimento, com o envio do contrato, orientação acerca dos valores para investimento e mesmo indicando a conta para os depósitos, a evidenciar captação.
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Além dos dois, a empresa também tem no quadro societário Loisy Siqueira, esposa do atacante. Os três se tornaram réus.
Soma-se a isso fato de que Scarpa não encontrou bens suficientes e passíveis de bloqueios, ao que tudo leva a crer pela existência de violação da lei por parte da empresa.
Com esta decisão, Willian, Camisa e Loisy passam a integrar o polo passivo da demanda. Sendo assim, todos poderão ser responsáveis por arcar com o valor que Scarpa perdeu nos investimentos, que totaliza R$ 6,3 milhões, se confirmada a procedência.
A decisão, contudo, cabe recurso, que deve ser apresentado pela equipe jurídica de Bigode ainda nesta sexta-feira (30).
Relembre o caso entre Willian e Scarpa
O ex-meia do Verdão responsabiliza a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, instituição que tem o atacante do Athletico-PR como um dos sócios majoritários. A ação judicial pede o reembolso dos R$ 6,3 milhões investidos e perdidos no golpe da XLAND, empresa de criptoativos.
Capturas de tela divulgadas pela TV Globo revelam conversas entre Gustavo Scarpa e Bigode durante todo o ocorrido, a partir do meio do último ano, em campanha de título brasileiro do Palmeiras. O meia desabafa com o antigo amigo sobre a situação, reclamando que haja pelo menos um pedido de desculpas.
– O que me deixa mais triste nisso tudo é que até agora não teve nenhum pedido de perdão. Decepcionante. Eu achava que você iria me defender com tudo o que fosse possível, de todas as formas. Vocês não fizeram nada por mim nesse assunto, em me ajudar. Falo de coração, estou muito triste – escreveu o ex-camisa 14 do Verdão no dia 7 de novembro de 2022, um dia depois do jogo contra o Cuiabá, em que Scarpa foi poupado.
Além de Scarpa, o lateral Mayke também entrou na Justiça alegando ter sido vítima deste golpe. Os dois juntos apresentaram prejuízos de mais de R$ 10 milhões.