Todo jogo de futebol tem seu protagonista. Seja pra bem, seja pra mal, seja da forma mais improvável possível ou apenas com uma boa atuação. Tem dias, inclusive, que o protagonismo aparece no fato de se fazer ausente ou até desacreditado. A derrota alviverde tem dois lados da atenção. O que merece chance e aquele que foi convidado a sair.
William fez hat-trick, virou jogo e assumiu até a faixa de capitão. Não faz mais sentido tê-lo apenas como opção. A titularidade lhe é merecida e, agora, óbvia. As atuações inconstantes de Luís Adriano só evidenciam a questão. Em meio à derrota deste domingo, a intensidade do camisa 29 é necessária pra um Palmeiras melhor. Artilheiro, intenso, dedicado e confiante, ele precisa jogar.
E mesmo sem entrar em campo, Diogo Barbosa é destaque. Que nível de moral possui o jogador que atuou apenas em uma oportunidade, no ano, não faz parte do rodízio e viu um meia atacante ser improvisado na lateral. Se sua maior valência é o apoio e no dia que o time precisou disso, a função coube a um improviso, a inutilidade do camisa 6 passa a ser indiscutível. A falta de confiança do torcedor e a aparente da comissão técnica parecem definitivas. É um educado convite a se retirar.
Matías chegará como titular. Victor fica na função de reserva natural e Diogo ficará em algum lugar diferente, mas fora do Palmeiras. Pelo menos é a impressão que esse jornalista teve durante esse domingão. E não parece injusto. São dois anos de incertezas, desconfiança e críticas ferozes. A relação se mostra desgastada e sem maiores formas de reestabelecimento. A melhor opção para clube e jogador é encontrar um futuro com outras cores.
Não se tiram conclusões definitivas de uma pré-temporada, mas não se pode recusar os olhos para aquilo que se mostra além do óbvio. Compressão com o momento é necessário, mas benevolência é contraproducente e isso não cabe na vida do Palmeiras e tampouco no perfil de Vanderlei Luxemburgo.