Zé Rafael vive boa fase no Palmeiras e chegou ao sexto jogo como titular do time no último domingo (18) na vitória sobre o Atlético-GO. O camisa 8 confessou, em entrevista ao ‘UOL’, que, após a final da Copa do Brasil, ele se reuniu com o Abel Ferreira para perguntar se poderia retornar à sua antiga posição, mais próxima ao ataque.
O jogador fez sua formação como ponta e chegou ao Verdão como tal. No entanto, ainda sob o comando de Luxemburgo, Zé passou a jogar mais recuado e agradou ao técnico. Abel e seus auxiliares reagiriam com surpresa ao pedido, uma vez que ele vinha jogando em alto nível como volante e sendo elogiado pelo desempenho na posição desde a chegada da comissão técnica portuguesa.
– Eles não entenderam muito bem: ‘Por quê? Como assim, ponta? Eles não acreditaram: ‘Não, não é possível que você já não era volante antes’. O Abel nem sabia que fui ponta. Eles também acharam graça. Mas não me voltaram para a ponta, não – revelou o camisa 8.
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Chamado de “trem” pela torcida palestrina, Zé Rafael explicou a história por trás do apelido. Ele contou que, já era uma brincadeira interna do elenco por causa de como usava sua força física em campo contra os adversários. Contudo, foi depois da final do Paulistão contra o Corinthians que o codinome pegou de fato.
– O Vanderlei pediu para eu só impedir o jogo do Fagner, para travá-lo. Era na ponta, mas como um jogador de marcação. Houve uma dividida, e na foto mostra que estou passando por cima dele, mesmo. Os meninos já vinham cantando uma música e dizendo que eu era um trem, pelo jeito que chego nos adversários. Ali, eu postei aquela foto e coloquei a hashtag. E a torcida gostou, porque não gosta muito do Fagner, né? – brincou Zé.
Ao final da entrevista, o volante também comentou sobre sua paixão por esportes de luta e confessou que sempre foi um desejo pessoal praticar alguma das modalidades. Quando jovem, disse que gostava de assistir a MMA e que era fã de Anderson Silva, que vivia grande fase na carreira, porém, mais tarde, escolheu o boxe como luta para treinar.
– Eu gostava do Spider. Era o auge dele. Eu sempre quis lutar e há um tempo, peguei gosto, e comecei no boxe. É mais tranquilinho (que o MMA), mas é puxado. Tem me ajudado bastante, tanto física quanto mentalmente, tem tirado um pouco a pressão do futebol da cabeça. É bom gastar energia com outra coisa, faz bem.
Além do benefício próprio, Zé também influenciou outros jogadores do Alviverde a experimentarem a arte marcial, mas também alertou sobre os perigos de não dominar o ímpeto e levar isso a campo.
– Você só melhora quando treina, quando pratica, quando se dedica. Do boxe para o futebol, o que dá para levar é isso. Qualquer outra coisa, ia acabar me dando suspensão. Ia acabar virando briga de verdade, se alguém acerta um soco, de repente – afirmou, se referindo à possibilidade de brincar de alguma luta com companheiros de time.
Agora Zé Rafael tem como sonho aumentar sua coleção de títulos no Palmeiras com uma possível taça do Brasileirão. O Maior Campeão Nacional lidera a competição com 28 pontos e faz seu próximo jogo contra o Fluminense em casa.
Antes, o Verdão enfrenta a Universidad Católica às 19h15 (horário oficial de Brasília) desta quarta-feira (21) também no Allianz Parque em busca da classificação nas oitavas de final da Libertadores.
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