OPINIÃO

'Abel se conforma, Leila tenta renovação e Palmeiras fica em segundo plano'

Verdão sofre em campo desde 2023 e não há sinais de mudança no horizonte

Leila Pereira ao lado de Abel Ferreira a Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Leila Pereira ao lado de Abel Ferreira a Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Abel muito fez para merecer ficar até hoje. Muito fez pelos aumentos que teve – salariais ou de bônus. Muito fez para ser idolatrado e considerado o maior treinador da história do maior clube do país.

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Abel também pouco fez para merecer a confiança cega e sem questionamentos. Pouco fez para merecer mais uma renovação – agora até 2027 – que Leila já está há tempos tentando. Pouco fez para permanecer no clube por mais esse tempo e, quem sabe, por mais uma temporada.

Veio com um objetivo em mente: vencer. Conquistou, e muito. Brasil, continente, estado. Conquistou uma torcida, um lugar na seleta lista de ídolos e gênios do Verdão. Cansou, tentou sair e não conseguiu. Ficou e se conformou com o que já tem.

Uma certeza todos têm: demissão não é uma opção. Abel proteje Leila, e Leila protege Abel. A nova renovação precisa de pouco para avançar, afinal é desejo declarado da presidente que também pouco fez para merecer o posto que tem – mas essa fez muito menos que o treinador.

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(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Com tempo de trabalho em 2024, o Palmeiras não treinou. Nem falo de folgas, que são direito de todos os trabalhadores, mas de um trabalho mal feito pela comissão. Um time pobre de ideias, pobre de jogadas. Enquanto o Botafogo jogando o dobro de vezes tinha repertório e jogadas ensaiadas, nós tínhamos Estêvão fazendo milagres e só.

Toca nele e reza, a gente pensava.

Toca nele e reza, eles faziam.

Para 25, não bastam os jogadores que nunca vieram por pura incompetência de quem negocia. Era necessária uma mudança de mentalidade completa, postura. A água precisava mexer, o time precisa ganhar. E são só dois jogos, mas é nítido que – até agora – nada mudou.

Abel teve nove dias para trabalhar com o elenco. Uma pré-temporada curtíssima em um ano importante. Um ano em que ele precisa se provar novamente e reconquistar o torcedor que já é cético quanto ao trabalho. Ele optou por permanecer em Portugal por mais tempo, trabalhando em São Paulo apenas a partir de segunda-feira (13) com jogo na quarta (15).

E, para a presidente, está tudo bem. O comodismo se torna qualidade digna de um contrato novo. Afinal, todos sabem, o campo importa menos que a política. E a gente que assista exibições dignas da várzea duas vezes na semana.

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