Como foi difícil estar sem os nossos e viver sem os nossos em tantos momentos de alegria. Festejar à distância e por vídeo nunca fizeram parte da nossa essência. Somos forjados por sangue verde, muito quente. Que abraça, beija, sofre, festeja e xinga. Somos uma família que se engalfinha, mas que se protege de todo o resto. Tudo o que nós temos, siamo noi.
Família que está de volta. No pré-jogo, no Allianz pulsando, tremendo, chacoalhando, ensurdecendo, e calando estádios mundo afora sem se importar com o vento. Os 108 anos estão sendo vividos e comemorados do jeito que gostamos, com os nossos, gesticulando, vibrando, sentindo o que somos. Será com apoio, esperança, otimismo e Palmeiras. A torcida que leva o time e o time que leva a torcida. Família é assim. Não desistimos. Apoiamos e somos amparados
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Tem acontecido sempre. Sempre nas véspera de noites e tardes mágicas, todas elas marcadas com pré horas de muita angústia e nervosismo, tem passado no corpo e no coração do palmeirense uma confiança tão terna e inquebrável que nos faz entender do que somos feitos. E a essência se chama luta.
Nós nunca fugimos de campo quando o resultado não era o que nos dava de presente a felicidade. Quando duvidam, nós confiamos que é possível reverter um placar duríssimo. E enchemos as ruas, as praças, as calçadas, os bares, as arquibancadas e abraçamos o grande amor de nossas vidas para que seja possível, juntos, superar mais aquele obstáculo. Nossa força está no coletivo, nosso craque é o grupo e nossa glória é a união.
Somos fundados na dor e também no espírito de luta. Desde que somos chamados de Palmeiras, sabemos que não é simples, que não é de graça, que não há atalho, que não há conquista fácil. Sobreviver faz parte de nossa índole como clube e como torcida.
Ainda que o espírito se perca num ou noutro caminho, nos grandes dias eles voltam naturalmente ao coração de cada um de nós. A gente sabe quando somos necessários e quando podemos esquecer os problemas por um bem comum.
O Palmeiras precisa de nós. O elenco precisa de nós. Os erráticos precisam, os ausentes precisam. O comandante precisa. O rival nos teme. O Brasil, também. E é nessa hora que nós damos a cara para a guerra, a voz pra batalha, o coração para a conquista. Cabeça quente, coração pelando.
Em campo, vão fazer por nós, mas a gente faz por eles do nosso jeito sanguíneo, emocionado, irritadiço, chorão e briguento. Eu duvido que você não deixe tudo o que tiver durante esses 90 minutos.
O palmeirense sabe suas batalhas. E suas festas. A gente tenta empurrar no grito. Se faltar fôlego, a voz embala a corrida na base do coração. Se precisar brigar, brigaremos também. E quando os nossos times, nossos elenco, nossos representantes pisarem no solo sagrado, ele estará chacoalhando sob seus pés.
Todos somos um! Uma família que se renova e se recria aos olhos de que tudo é possível. Somos uma Sociedade centenária Aquela que nasceu Palestra e se tornou Palmeiras em uma arrancada heroica para ser sempre o grande amor de nossas vidas. Há 108 anos. E para sempre.
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