Joelmir Beting nasceu em 1936, mas também em 1986. Um em Tambaú, no interior de São Paulo, outro em Aracajú, capital sergipana. Um tinha Beting de sobrenome, outro era Santos Teles. Dois mundos completamente diferentes, mas histórias que se entrelaçaram de uma maneira sem igual e que vêm ao mundo neste dia 29, data que marca o aniversário de oito anos da morte de um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro.
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No meio da década de 1980, um menino nasceu em Aracajú e, quando uma criança nasce, é preciso decidir qual será o nome que esta levará até o último dia de sua vida.
Valfrank! – sua mãe decidiu. Mal sabia ela que o pai tinha outros planos.
Assistindo à TV Globo, o pai viu Joelmir e decidiu: este era o nome. Pegou um papel e escreveu. Ao menos tentou, já que era analfabeto. Mas nada impediria a concretização deste que era o destino de sua criança. Correu, com o papel em mãos, para a casa de uma parente, professora, e mostrou sua anotação: Joeimei Betig. Ela, não sabendo, mas imaginando, corrigiu o nome. A próxima parada foi o cartório.
Criança nomeada, mas quem conta pra mãe? Ela queria Valfrank, recebeu Joelmir, mas, a princípio, nem desconfiou. Qual o nome do bebê? Valfrank. Lógico. Na consulta médica, porém, a realidade apareceu.
– Joelmir Beting – exclamavam no consultório.
Ninguém respondeu e a mãe esperava pela consulta de Valfrank.
– Joelmir Beting – voltaram a chamar.
Era a hora da verdade. O pai levantou e disse: “vamo, que é o nome do menino”. Foi complicado. Ela não gostou, de início, mas hoje entendeu e, acima de tudo, adora o nome.
Desde então, Beting se tornou a grande alcunha do jovem Joelmir. No exército, no trabalho na casa de espetinhos que ele comanda, com amigos. Ainda mais quando está com a galera da Mancha Alviverde de Aracaju, onde ele tem mais carinho e respeito por causa do nome do xará.
Era sempre Beting e, atualmente, ele se vê grato à loucura do pai, que colocou tudo em risco com essa homenagem.
A história da família Santos Teles com os Beting, porém, não acaba por aí. A conexão existe, também, na filha de Joelmir: Kiara, nascida há não muito tempo. Beting iria ter uma filha, mas não conseguia decidir seu nome. Muitas eram as possibilidades, mas nenhuma combinava, até que sua sobrinha sugeriu Kiara. Lindo nome. Decidido! Mal sabia ele, porém, que outro Beting pensava a mesma coisa quando imaginava sua possível filha, que não chegou a vir ao mundo, e este era Mauro, um admirador do nome Chiara, na grafia italiana. Nome que também queria o irmão Gianfranco.
Um palmeirense, filho de palmeirense e com nome de palmeirense. Joelmir Beting surgiu quando não era esperado e fez disso a sua história.
Coincidência? Destino? Divindades? Ninguém sabe, e nem poderia. O que está mais que claro é que a vida dessas duas famílias estão, de alguma forma, interligadas, passando, cada um da sua maneira, o nome Beting de geração pra geração.
(E se a Kiara fosse um menino, ela se chamaria Mauro Beting…
Melhor que seja Kiara. Mas ainda melhor que seja mesmo Beting).
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