O Flamengo jogou um tempo como bicampeão brasileiro e quase goleou o campeão da América. Palmeiras disperso como a bola que bateu na canela de Rony e saiu aos 43 do ótimo segundo tempo carioca, contra uma preocupante etapa final paulista.
PRIMEIRO TEMPO
O Flamengo um tanto lento e sem tantas ideias como atuou completo contra o Vélez, na quinta-feira, no Maracanã. O Palmeiras melhor e mais intenso e mais avançado na proposta mais reativa, também pelo desgaste menor pela equipe poupada no mesmo dia contra o Universitário peruano.
O placar foi justo na primeira metade. Três boas chances para o Flamengo, três para o Palmeiras. Pedro teve a primeira em ótima enfiada de Arrascaeta, mas Weverton de novo foi gigante fechando o ângulo, aos 11. A resposta paulista aos 17 com Luiz Adriano, em belo contragolpe armado por Veiga para Roney servir o artilheiro, que só não abriu o placar pela defesa absurda de Diego Alves, com os pés.
Arrasca arriscou aos 24, depois de saída errada de Luan. O Palmeiras teve bom lance na jogada seguinte, com Veiga batendo cruzado e Diego de novo muito bem. Como estaria melhor aos 36, quando Rony recebeu de Luiz Adriano (depois de falha de Diego), e, pela falta de companhia do centroavante, fez tudo sozinho até a ótima defesa do goleiro carioca.
A última chance foi rubro-negra, aos 46, quando Pedro mandou fora um lance armado por uma bola perdida por Luiz Adriano, que voltou, como todo o Palmeiras, a fazer uma partida na primeira etapa melhor, mais intensa, com mais chegadas e aproximações do meio ao ataque, e boas saídas pelos lados com Menino e Viña.
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SEGUNDO TEMPO
O time de Rogério adotou o plano inclinado na segunda etapa. Foi todo ataque. Também por marcar muito bem, não dando espaço a um rival que resolveu mais uma vez não querer jogo. Retrancado? Amedrontado? Estranho. De novo. Com 20 segundos, Bruno Henrique quase fez 1 a 0 em desatenção verde atrás. Com 4, Weverton evitou o gol em outro lance do atacante que, ao aparecer, voltou a desequilibrar um jogo, como tantas vezes brilhou em 2019.
Aos 8, Abel resolveu dar mais gás e dinamismo com Danilo no lugar de Felipe Melo. Mas todo o Palmeiras seguia amuado, perdendo todas as bolas por todo o campo. Não era só o Flamengo que jogava muito bem. Era o Palmeiras que voltou muito mal. Um minuto depois, Arrascaeta quase repetiu o belo gol da virada em Brasília, na Supercopa do Brasil. Weverton negou a chance. Só não tinha como o palmeirense negar que só um grande jogava como tal no Maraca.
Se pudesse trocar os 10 de linha, Abel mexeria como fez aos 15. Mas só Scarpa tentou algo mais. Wesley seguiu errando os lances, Zé Rafael pouco fez. Era questão de tempo o Flamengo abrir o placar. Gerson a todo momento chegava na área. Isla e Filipe Luís ao mesmo tempo. Só Everton Ribeiro seguia abaixo. Mas era um timaço jogando como tal contra um rival que jogou e pensou pequeno no Rio.
Aos 18, Anderson Daronco marcou falta discutível de Pedro em Alan Empereur, antes de Luan empurrar dentro da área Bruno Henrique. O “pênalti” não se discute. A falta anterior a ele cabe papo. Mas eu a teria marcado.
Weverton fez outra grande defesa aos 24, em peixinho de Rodrigo Caio. Mas o turbo Henrique fez da dele aos 29. Na arrancada, BH escapou fácil de Menino, atropelou Luan, e serviu Pedro para fazer o gol e justiça no placar. Zero novidade. Mesmo sem Gabigol, felicíssimo o treinador que pode escalar Pedro para fazer o que fez. Goleador que seria titular em qualquer time na América do Sul. Mesmo no Flamengo onde Everton segue sem jogar bem.
O Palmeiras até acordaria. Mas só teria um lance perigoso aos 45, num rebote de bola parada fora da área que Scarpa chutou para boa defesa de Diego Alves. Apenas a quarta chance alviverde contra 10 do Flamengo. Se o time de Rogério ainda não é aquele, o Palmeiras voltou a estar distante daquele e da área rival.
Vitória justíssima, e que merecia um placar maior pelo excelente segundo tempo do Flamengo. E pela má partida não jogada pelo Palmeiras.