Nessa semana que mal acabou, fui infeliz ao sugerir a rescisão contratual do jovem Ian após vê-lo desperdiçar um pênalti decisivo por tentar uma paradinha, já proibida há muito tempo. Pouco tempo depois, me dei conta que não era o caso de uma mão pesada daquela forma, ainda mais contra um jovem. Não há justificativa suficiente pra tomar atitudes violentas, ainda que no universo verbal.
O que me fez refletir mais foi o que veio depois disso: alguns seguidores me apontavam que o problema da minha crítica não era o conteúdo dela, mas o fato de, na visão deles, não ter havido o mesmo tratamento contra outros jogadores, esses do elenco profissional, e foi quando tive a clara percepção que estamos todos nós indo pra um lado ruim, cada um à sua maneira.
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Criticar o erro grosseiro de Ian é correto, bem como apontar as inúmeras e crescentes falhas de Rony, que virou Rústico e teve dias de glória (eterna), e que pode voltar a tê-los em poucos dias. Também é pertinente criticar Luan, que errou seguidas vezes, e que demonstra má sorte constante. Por fim, é justo que a mão pese sobre Breno, que perdeu (ou perde) um gol claríssimo, e que dia desses fez o gol mais importante da vida de muitos de nós.
O que estamos errando é brigar entre nós para justificarmos que o ataque vale a pena. O meu não valeu, e esses todos também não valem. Considero, dia após dia, que estamos caminhando para o ter razão acima do ser feliz. Ao individual jocoso, que prevalece ao conjunto de apoio. Quando a gente entra em conflito interno, a gente tira de foco o que realmente importa, que é entender os nossos problemas e mirar na melhora deles.
Se conseguirmos entender a medida da crítica sem nos ofender, entre colegas de torcida, e entre suporte e jogadores, teremos dias mais fáceis de lidar. Atleta que falha deve ser julgado, e cada um pode (deve) ter sua própria percepção, mas discutir qual crítica é mais válida me soa desperdício de boa energia. O Palmeiras vai decidir o ano logo menos, e a gente pode acabar o ano vivendo mais um capítulo de sonho. Se formos juntos, é melhor.