Nascemos para ser campeões

Hoje, as 21:30, o Palmeiras entrará no gramado onde a luta o aguarda e o prélio não tarda. Na nossa casa, nosso lugar, podemos garantir uma das páginas mais bonitas de nossa história. Se da defesa ninguém passar, estaremos na final. Se a linha atacante de raça balançar as redes, chegaremos mais uma vez, tal como 1961, 1968, 1999 e 2000. A torcida que canta e vibra não vai estar no palco onde veremos o ardor da partida, mas estará do Brasil e do mundo inteiro acompanhando e gritando ‘’Pra fora, Zapata!’’.

Hoje, não seremos apenas Palmeiras em campo. Seremos Palestra! Aquele que venceu a perseguição e nos orgulha a mais de um século. Aquele, que conforme escrito por Mário Minervo em 1942, nasceu para ser campeão. O espirito de hoje é como o de Bianco em 1920, de Og Moreira e a Arrancada Heroica em 1942, Ronaldo em 1974 e Evair no pênalti melhor batido de nossa história em 1993.

Será um jogo de todos os palmeirenses. Àqueles que hoje não estão entre nós, mas de algum lugar se encontram presentes, seja em alma ou no pensamento. Um jogo para Luigi Cervo, Heitor, Romeu Pellicciari, Mario Minervo, Oberdan Cattani, Djalma Santos e tantos outros que não cabem apenas nestas linhas.

As arquibancadas, mesmo que vazias, estarão cheias. Cheias de esperanças e apoio com os mais de 30 mil palmeirenses que estavam em corpo no Parque dos Sonhos na semifinal diante do mesmo River Plate 22 anos atrás. Nossos ancestrais, que em algum momento dos 106 de Palmeiras comemoram um gol, vão estar, in memoriam, lado a lado nas cadeiras da central.