O Palmeiras vive um momento de questionamentos na temporada, justamente naquele que deveria ser o período de maiores certezas. Um deles gira em torno dos problemas ofensivos, outro está voltado aos erros defensivos, mas o principal deve estar no trabalho recente de Abel Ferreira, que também sofre com a ‘falta de eficácia’.
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Confira trecho de entrevista coletiva de Abel Ferreira
‘Eficácia’ é uma palavra muito usada pelo português para se referir aos gols perdidos em determinado jogo. Sim, isso é um problema, já que o ataque cria muitas chances, mas as perde na mesma proporção. O Palmeiras não vem sendo efetivo.
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Em 2019, uma reformulação foi colocada em prática após uma derrota por 3 a 1 em casa para um adversário carioca, que acabou merecidamente campeão brasileiro e da Libertadores. Ali estava tudo ruim e agora não há problemas?
Mas as escolhas do próprio Abel também não estão sendo, principalmente no decorrer das partidas. O treinador frequentemente faz substituições equivocadas, não consegue dar o mesmo ‘poder de reação’ à equipe, diz estar satisfeito com as muitas folgas que o time vem tendo desde que passou a disputar apenas o Brasileirão, há mais ou menos três meses.
É preciso reconhecer os grandes acertos desses quatro anos de comando. Isso é óbvio. Mas Abel também precisa reconhecer os erros e os méritos de adversários que eventualmente superaram o Palmeiras em algum momento.
É necessário saber que, para 2025, algumas coisas precisam ser ajustadas e outras completamente transformadas. O clube tem uma ótima gestão e isso é inegável, mas não dá para se contentar com isso sem desejar mais.
Nem Ayrton Senna venceu todos os anos, é verdade, mas quando ele perdia fazia questão de trabalhar dobrado para que esse discurso não precisasse ser utilizado. Abel e companhia têm competência, basta que a vontade volte a fazer parte disso, que o ‘Todos Somos Um’ entre em campo e que, principalmente, o elo entre clube e torcida seja restabelecido.
