Não havia no Palmeiras um projeto de base. Nem perto disso. Até 2014, as revelações do clube eram jogadores inconstantes ou completamente ignoráveis. Quando algum surgiu, sua própria história não se sustentou. Até pintaram alguns nomes aqui e acolá, mas nada para registro – aqui, não falo sobre a Academia de Goleiros, uma instituição quase mágica.
Com João Paulo Sampaio, Alexandre Mattos e Paulo Nobre, estabeleceu-se uma estrutura que demoraria a dar frutos, ao menos nos pensamentos do trio – e de todos os torcedores. Fato é que ao longo desse já quase 9 anos de projeto, o raio segue caindo nas Alamedas. Foi Gabriel, foi Danilo, é Endrick e vão ser Luís e Estevão.
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Ver fardando a maltratada, mas histórica camisa da Seleção Brasileira, juntos e dividindo campo, os dois principais nomes que torcemos e cuidamos, é saber que aquele sonho distante de criar craque dentro de casa aconteceu, mesmo. O clube mais comprador do Brasil agora é o clube que revela e que fornece para o mundo do futebol.
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Endrick é um atleta geracional, que pode sair do Brasil campeão brasileiro, deixando na nossa cabeça e coração um “não se esqueçam de mim”, sabendo que foi decisivo na reta decisiva de uma conquista improvável. Gabriel fez o mesmo. Eles seguem roteiros parecidos, ainda que o mais jovem demonstre um teto imensurável para o sucesso, enquanto o primeiro dos filhos do projeto parece agora estar próximo de seu auge.
É de alegrar o coração olhar pra imagens como a que apresenta este texto e saber que eles são feitos aqui, que eles contaram e contam com nosso carinho, que eles vão carregar o Palmeiras para sempre. O ataque que vai buscar uma Copa do Mundo tem muito do Maior Campeão do país, tem muito de um projeto ousado de pessoas que pavimentaram os dias felizes que vivemos.
Projetos bem feitos geram resultados. Clubes fortes criam craques.
