Opinião

Opinião: ‘Está na hora do todos somos um voltar ao Palmeiras’

Time precisa retornar às origens para ser campeão novamente

Abel na Academia de Futebol (Foto: Rodrigo Charu/Palmeiras)
Abel na Academia de Futebol (Foto: Rodrigo Charu/Palmeiras)

Contra tudo e contra todos. Ele disse, repetiu e reiterou. É contra arbitragem, contra o sistema, contra aqueles que querem derrubar o time que é tão odiado por ser tão bom. É na base da raiva, no foco em mostrar que nada nos para, que o Palmeiras deveria prosperar.

Ao menos, foi o que pensou.

Nessa mesma base, outras coisas negativas vieram. Não é só fase ruim dentro de campo, são declarações grosseiras e ignorantes de um treinador que impressionou o país quando chegou pela eloquência e lucidez na sala de coletivas.

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Logo na primeira que deu, Abel foi veemente. Foi correto. Deu esperança de algo melhor a uma torcida que já tinha desistido do ano, do time e do elenco.

A torcida que chutou um dos maiores treinadores da história e tantos jogadores que se tornariam ícones de uma geração. A torcida que estava impaciente e rapidamente se acalmou com as falas tranquilas de um português acima da média.

Agora, aquele homem parece não existir mais. Os destemperos em campo – sempre criticados – se consolidaram como um padrão. Os destemperos fora dos gramados – antes raros – se tornaram mais frequentes.

Foi fala racista contra os povos indígenas. Foi fala machista contra uma jornalista que não fez nada além do seu trabalho. Foi um pedido de desculpas vazio que nunca pediu o perdão daqueles que se ofenderam.

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A ideia passada (machista) já estava em mente, de acordo com o comunicado. Toda a confusão (gerada pelo machismo), foi apenas um mal-entendido.

Abel Ferreira precisa voltar às origens. Lembrar como chegou ao Palmeiras sem títulos e com muitos sonhos. Como uniu um clube inteiro fazendo o Brasil perceber que todos somos um.

Não é com grosserias e agressividade que o Palmeiras vai vencer. A mentalidade que nos deu duas Libertadores e outros oito títulos não é essa.

Não é preciso amor, ódio ou seja lá o que for. Basta o respeito e a noção de que estamos todos no mesmo barco. E todos lutamos por um Palmeiras (e mundo) melhor.

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