Faça o seguinte exercício: volte duas semanas no tempo, quando o Palmeiras encerrou de forma melancólica sua temporada. Seria possível acreditar que o clube anunciaria um atacante por R$ 72 milhões, encaminharia a chegada de uma estrela de um rival nacional por R$ 117 milhões e avançaria para trazer um meia titular na Premier League? Se for um sonho, não me acorde.
VEJA NO NOSSO PALESTRA
Palmeiras anuncia contratação de Facundo Torres
Os valores não assustam mais. Demorou, mas antes tarde do que nunca. Jogador bom custa dinheiro mesmo e a única diferença entre o barato e o caro é o resultado que ele venha a entregar. É possível alguém ganhar um milhão e ter um ótimo custo-benefício.
Clube de futebol não é banco para ficar se vangloriando por lucros e balanços financeiros. São duas as obrigações: pagar as contas em dia e brigar por títulos. E ninguém vai me convencer que gastar o que pode ser gasto em bons jogadores não é benéfico. Não estamos falando de irresponsabilidade, pois o Palmeiras tem, sim, dinheiro.
Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Há anos o clube vinha engordando as contas, vendendo jovens estrelas, acumulando premiações e patrocínios, mas gastando mal (ou não gastando). Enquanto isso, o sarrafo da concorrência nacional foi subindo, com contratações corriqueiramente acima dos € 15 milhões.
Em comparação, a maior compra da história do Verdão é Facundo Torres (US$ 12 milhões), mas será Paulinho (€ 17 milhões). Já era hora. Não há problema em mirar nomes com potencial de retorno técnico e financeiro, mas o momento pede a contratações de jogadores prontos para serem titulares.
Abel Ferreira e Leila Pereira entenderam que a política precisava mudar e que os bolsos teriam que ser abertos para manter o Palmeiras entre os protagonistas do país. Sempre com a disputa da Copa do Mundo de Clubes no horizonte. Até aqui, tem sido animador.