Chegou ao fim a passagem de Dudu, o jogador que mais me fez feliz no Palmeiras. Isso, por si só, já é triste. A saída pela porta dos fundos, já sem conseguir ter o mesmo brilho em campo e brigado com uma presidência que o tratou como um qualquer (talvez por não sentir o que palmeirenses sentem por ele), é o fim dos tempos.
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Foram quase 10 anos, 12 títulos (o maior campeão da história do clube ao lado de outros ídolos), 462 jogos, 88 gols e 102 assistências, além de diversas marcas no Allianz Parque. O camisa 7 foi o líder de uma geração vitoriosa que devolveu a alegria ao torcedor. Merecia ser tratado como tal.
Leila Pereira talvez não se lembre, mas durante alguns anos o plano de jogo do Palmeiras consistia em defender atrás e jogar a bola para Dudu lá na frente na expectativa de algo acontecer. E acontecia. Decidiu final, decidiu Brasileirão, saiu, voltou, decidiu semifinal de Libertadores. Só sabe do que estou falando quem esperou ansioso pela meia-noite naquele sábado, dia 15 de maio de 2021, quando o Al-Duhail não exerceria a opção de compra que tinha direito.
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Não há sentimento pior do que a ingratidão com os grandes ídolos. Não quer dizer que ele deveria ficar ou que ele também não tenha errado ao buscar a saída para o Cruzeiro há alguns meses, não misturemos as coisas. No mesmo dia que Dudu foi ignorado institucionalmente pelo Palmeiras, Gabigol teve a despedida adequada para um imortal do clube, mesmo depois de inúmeras desavenças com a diretoria do Flamengo.
Seu erro foi imperdoável apenas para quem está momentaneamente presidente do clube, ainda que ela se ache dona. Em três anos, poderemos corrigir essa injustiça. Até lá, boa sorte onde quer que vá, menos contra nós. Foi um prazer torcer por Dudu todo esse tempo. Obrigado por tudo e até logo.