Ser feliz ou ter razão? Convenhamos que dá pra fazer os dois. É bem fraquinho raciocínio que não consegue vislumbrar o sucesso na mescla desses dois fatores.
Bem fraquinho, também, o desabar de mundo que aconteceu durante o Mundial de Clubes, um grande ‘torneio de campeões’. Para estar lá, veja só, é preciso: ser campeão. E se você está quer dizer que? Ah, cê já sabe.
A ingratidão, aquela que protagonizou ótimos sambas, é uma situação embaraçosa. Você vê que o indivíduo está perdendo a chance de sustentar em si o sentimento delicioso da alegria pra cultivar um ódio que nem lhe cabe.
Ele assume a ingratidão para dar resposta à provocação. Que judiação. Ele fala que o contexto é passar pano, que pensar é passar pano. E no fim, só passa vergonha.
Ele está em vários lados desse causo. Ele torce, mas ele também distorce. Ele fala na tevê, mas ele também fala com a tevê. Ele xinga o juiz, mas ele também se faz de juiz.
Ele veste a camisa pra torcer, mas ele também é clubista sem tecido. Ele usa de sua função pra criticar, mas ele também critica sem função alguma. Ele cria o caos pra prejudicar, mas ele sente o golpe e prejudica sem pensar. Ele está em toda parte.
Ele quer ter razão em tudo, saber de tudo, entender tudo, criticar tudo, ele quer ser mais do que é capaz. Ele não consegue ser feliz. Ele é pobre de ideia, pobre de conceito, pobre de espírito. Antes fosse de Porco, pelo menos seria campeão.
Paulista, da América, possivelmente do Brasil. Daqui, inclusive, é o maior. Bateu nos que disputam função, ganhou na casa do que força situação. Se fosse um roteiro, não seria tão bom.
Se isso é passar pano, eu faço na maior paz do mundo.
Antes ser feliz do que passar vergonha e distribuir ingratidão.