O contrato entre Palmeiras e Puma, atual fornecedora de material esportivo do clube, acaba ao final deste ano. A empresa alemã tem proposta de renovação na mesa do Verdão, mas encontra concorrência da velha conhecida Adidas e da marca italiana Legea.
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De maior oferta, a Puma larga na frente no quesito financeiro ao oferecer um reajuste no valor mensal repassado ao clube, somado o aumento nos royalties. A contrapartida é que o clube perderá a exclusividade no Brasil, tendo em vista que o Bahia, hoje do Grupo City, deve utilizar a marca padrão na empresa a partir de 2025.
Além disso, a relação entre Palmeiras e Puma desgastou-se durante os mais de cinco anos de parceria, e a preferência interna é pelo retorno da Adidas. A Legea corre por fora, numa tentativa ousada de ampliar a marca, sem patrocinar qualquer time próximo ao tamanho do Verdão neste momento.
Com a marca italiana, o Alviverde teria novamente uma parceira exclusiva para fornecimento de material esportivo no país. Mas a que custo? Além da dificuldade de distribuição, apostaria em uma marca pouco relevante no mercado esportivo, que hoje sequer estampa sua logo na elite do futebol italiano.
A escolha me pareceria uma decisão na contramão da expansão do clube nas últimas duas décadas e, não à toa, é tratada como terceira via pela diretoria alviverde. Outras empresas devem fazer o mesmo movimento, mas precisariam de uma oferta alta para entrar no pareo com as duas principais competidoras.
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Em relação a elas, ainda me parece pouco o que propõe a Adidas para voltar à camisa palestrina. A antiga marca estampou as três faixas durante doze anos no último contrato com o Verdão e, embora tenha fornecido materiais de boa qualidade, nunca tratou o clube como prioridade.
Hoje, o Palmeiras dividiria a empresa com Flamengo, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG no Brasil. O time carioca recebe maior valor e maior atenção da marca, fato inegociável. Mesmo assim, também é refém de lançamentos conjuntos e templates genéricos.
Nesse sentido, o Alviverde estabeleceria uma parceria incompatível com atual protagonismo no futebol brasileiro. Ainda que dividindo a Puma com o Bahia, ou mesmo outros clubes, nenhum teria o destaque do Maior Campeão Nacional, que ocupa a primeira prateleira da empresa no futebol mundial.
A discussão estendida ao torcedor leva em consideração outros fatores de ordem pessoal e estética. Todas as preferências são compreensíveis. A decisão do clube, por outro lado, deve estar focada na melhor parceria comercial e no melhor projeto de divulgação, tendo em vista a necessidade de consolidação do Palmeiras no mundo.
No meio da próxima temporada, o clube disputará o Super Mundial de Clubes, momento crucial para divulgação de sua marca. A fornecedora que quiser estampar a logo na camisa mais vitoriosa do país do futebol precisa fazer por merecer este espaço.