Opinião

Opinião: Renovação de Felipe Melo não é sobre amor, é sobre coerência

(Foto: Divulgação/Palmeiras)
(Foto: Divulgação/Palmeiras)

Ele divide o amor e o ódio de tantos e tantos exaltados. Tão típico do palmeirense, de agonias intermináveis e alegria super voláteis. Porque comemorar se é possível aborrecer-se com o dia que nem sequer pensou em surgir adiante, pensam(os). Felipe carrega pesos que não precisaria, mas não essa não é uma questão, só um fato. Fato também é que sua iminente renovação versa sobre competência. Não é sobre gratidão, apego ou posição, é sobre campo, bola, relevância e taça. Fato, uma vez mais.

Não se deve contestar o que se vê. Compreende-se uma distorção por gosto pessoal. Seja pelo passado errante, pela conturbada relação em outro comando técnico ou sobre a postura aguda no fora de campo, mas há um limite pra imposição de visão personalizada: o campo. Felipe deveria retornar aos campos neste mês, neste momento de férias forçadas. Há exatos 2 meses, ergueu a América dentro de campo, com a benção de Abel Ferreira. E não foi só.

Assumiu o meio campo do treinador português que o escolheu quando o óbvio não era tê-lo. A resposta foram duas atuações irrepreensíveis nas finais da Copa do Brasil. Segundo o patrão palmeirense, o capitão foi “a consciência de nosso jogo”. Na temporada durante a qual levantou mais taças do que foi expulso, Felipe jogou futebol. Retornou ao meio campo, mas foi zagueiro sem reclamar quando solicitado. Recuperou-se em tempo recorde. Foi reserva, também. Foi necessário.

Me soa fundamental que se conduza o debate ao mais simples. O jogador é titular de seu treinador. Foi preponderante em campo nos jogos decisivos, não trouxe recentes problemas, tem incidência sobre o grupo, tem uma relação significativa com a instituição e quer permanecer. Fala aos quatro ventos que quer ficar. A mim, basta. A discordância do externo também me é comum, mas ela fica alheia ao que analiso. Na “cabeça fria e coração quente” de Abel Ferreira, Felipe Melo tem vaga. E até faixa.

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