O Palmeiras não surgiu do nada. Foi criado por e para imigrantes. Feito pelos italianos que encontraram no Brasil uma chance de uma vida melhor. A esperança de um futuro mais próspero para eles e suas famílias.
A Portuguesa não surgiu do nada. Veio daqueles portugueses que viram num Brasil já independente a oportunidade de ter mais oportunidades. Deixaram suas casas e famílias para construir casas e famílias. Cultivar o sonho de uma vida próspera fugindo da pobreza em que viviam.
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Os dois se encontraram juntos com muitos outros. Italianos também estiveram na Mooca, portugueses no Vasco. Povos que se juntaram – mesmo separados – com ideias iguais. Em busca do que não tinham em suas terras, e em busca de títulos em uma terra nova.
Não precisou de um Abel Ferreira para a Portuguesa ganhar três paulistas. Inclusive, foi o Benfica que precisou de um Otto Glória para ser campeão diversas vezes. E a Seleção Portuguesa que também precisou do brasileiro para brigar por um mundial.
E se há tanto tempo isso era bom, por que hoje não seria? Por que hoje buscar uma vida melhor em outro lugar é malvisto?
Num mundo cada vez mais intolerante, é preciso olhar para trás para projetar o futuro. Entender os padrões que causaram tantas desigualdades e tiranias nos tempos passados para evitar que isso se repita em tempos futuros.
Olhar para a origem de um clássico que deixou de ser clássico. Olhar para a origem do próprio clube para pensar em como viemos até aqui.
Ninguém veio do nada. Todos temos história e ponto de partida. Seja há gerações em um mesmo lugar ou numa mudança constante por falta de oportunidades.
Não se pode olhar feio para quem é diferente. E não se pode fechar fronteiras ou mentir sobre insegurança para mascarar xenofobia e racismo. Seja no Brasil, em Portugal ou na Itália.
O Palmeiras é de todos, por que o mundo não há de ser?
Um clássico feito por imigrantes foi feito para todos. É assim que deve ser.