Houve um ação empolgada ao tentar Borré. Não suponho, aqui. Reitero as falas públicas de dirigentes do Verdão que admitiram ter havido uma animação pela conquista da América e que ela foi preponderante na tentativa de tirar o goleador do River Plate. Foi o primeiro ato mais emocionado de uma gestão eminentemente cautelosa. Dias mais tarde, de cabeça fria e bolso endurecido, notou o equívoco.
Decidiu, ao menos no discurso, que se movimentaria de forma modesta e pontual. Algumas horas depois, subiu a oferta por Ademir, quando o time passou a render menos, em campo. Atuesta, meia que atua na MLS, foi novamente consultado em condições mais avantajadas. Austeridade volátil que vai se desdobrando à medida que os resultados falem (ou hablen). Caro, mas depende.
Não culpo o clube por seus cuidados. Não há motivo. Questiono, como palmeirense e como jornalista, os discursos e os métodos. Convicto em não gastar, mas pode ser diferente se os resultados não corresponderem. Castellanos foi consultado algumas vezes. Havia, pelo lado do argentino, expectativas de uma nova oferta verde. Ela chegou horas (mesmo) depois que a Recopa ficou com o Defensa y Justicia.
Uma gestão correta com seus funcionários, com contas bem pagas e pensando no amanhã, mas a dúvida pra agir gera dúvida pra compreender. Fosse eu competente pra isso, seria dirigente e não jornalista, mas me pego a pensar: porque não falar sobre? não vai contratar? é com a base? mas porque aumentou suas ofertas aos flertes antigos? porquê Abel demonstra tanta insatisfação? ele tem apoio? ou é escudo? Eu só queria saber para não conjecturar.
Abel teve seu nome pateticamente escrito nos muros do Allianz Parque por 3 imbecis que são apenas imbecis. Ele não merece passar por essa embaraçosa situação. A conta não é dele. Ele não fala pelo clube, ainda que tente defendê-lo todo santo dia. Ele não contrata pelo clube, ainda que aceite quase todos os nomes que surgem (e não chegam). Ele é o que melhor tem esse Palmeiras.
Anderson precisa falar. Precisa sentar-se à mesa e dizer seus motivos, suas justificativas, seus desejos e suas jornadas. Maurício poderia falar o que pensa sobre o final de sua já campeoníssima gestão. Enquanto eles não explicam, as suposições se agigantam, os barulhentos ladram e o torcedor se frustra. Ele é emocionado como foi a direção nesta janela. Ele quer mais. Mas ele nem sabe o quê e quando querer.
É preciso ser mais claro, eficaz e transparente no diálogo.