(Foto: Marcos Corrêa / PR)
Maurício Galiotte e os presidentes dos outros sete clubes brasileiros parceiros da rede Turner se reuniram com Jair Bolsonaro nesta terça-feira (30) para discutir a MP dos direitos de transmissão, assinada na último dia 18. Além de contar com a presença de seu atual mandatário, o Palmeiras também esteve representado por seu advogado, André Sica.
Há uma briga jurídica entre os clubes em questão (Palmeiras, Santos, Bahia, Internacional, Athlético Paranense, Coritiba, Ceará e Fortaleza) e o grupo Turner, que ameaça rescindir os contratos vigentes de transmissão do Brasileirão na TV fechada.
Caso isso aconteça, os times envolvidos precisariam negociar novamente com a Globo, que se tornaria a única detentora dos direitos do Brasileirão. Dessa forma, o poder de barganha da emissora seria maior e, provavelmente, os clubes receberiam menos do que planejavam.
Contudo, após Bolsonaro assinar uma MP que determina que a equipe mandante dos jogos tem direito sobre a transmissão deles, os clubes voltaram a ter poder de barganha, seja para discutir com a Globo ou com a Turner.
A própria Turner, inclusive, poderia aumentar consideravelmente o número de partidas possíveis para transmissão, visto que os seus clubes parceiros poderiam vender todos os seus jogos como mandantes para a programadora na TV fechada. Em contrapartida, os clubes poderiam ver uma vantagem maior em romper seus contratos atuais com a programadora para negociar os direitos de seus jogos com outras empresas, dada a maior liberdade concedida pela MP.
Antes, os direitos de transmissão de uma partida pertenciam conjuntamente aos dois times que a disputariam. Portanto, se os dois clubes em questão não tivessem contrato de transmissão com a mesma emissora, a partida não poderia ser transmitida.
O Palmeiras tem contrato até 2024 com a Turner para a TV fechada e com a Globo para a TV aberta e pay per view.