Análise: ‘Abel tem crédito no Palmeiras, mas testes precisam ser feitos com mais cautela’

Treinador fez escolhas que comprometeram atuação coletiva do Verdão e culminaram na derrota para Fortaleza

A derrota do Palmeiras por 3 a 0 para o Fortaleza pode ser colocada na conta do treinador Abel Ferreira. O português entrou em campo com quatro laterais e três volantes, e acabou pecando em algumas substituições, fazendo com que a equipe não conseguisse o bom resultado.

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Rocha fazia o papel defensivo enquanto Mayke apoiava no ataque pelo lado direito. O mesmo acontecia do outro lado com Piquerez e Caio Paulista. Com Veiga e Estêvão no banco para serem preservados, Gabriel Menino recuou para a meia e fez a função de armador do camisa 23.

Só que o Palmeiras ficou limitado e sem criatividade. Menino errou tudo que tentou, não conseguindo encaixar passes e jogadas, além de ter perdido uma chance clara no início do jogo, mostrando que talvez fosse melhor que voltasse para a ponta. Flaco López entrou no lugar dele ainda no primeiro tempo, mas o problema era maior.

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Abel escolheu tirar Naves para voltar Veiga ao comando da transição entre defesa e ataque. Piquerez, porém, foi recuado para atuar na defesa ao lado de Murilo, que logo precisou ser substituído também. A sucessão de erros nas alterações por parte do português fizeram o Palmeiras atuar com apenas um zagueiro (Vitor Reis, que estreou aos 18 anos) por boa parte do jogo.

O placar elástico refletiu os testes que deram errado. O Verdão vinha atuando bem com Veiga sendo um meio-campista armador, com presença de área, junto dos dois pontas Estêvão e Lázaro, ou até mesmo com Menino fazendo a ala esquerda e o camisa 41 pelo outro lado para atacar e ser mais incisivo. A escalação e as mudanças descaracterizaram a equipe.

Abel tem créditos, mas tentativas assim precisam ser executadas com mais cautela e excessos podem e devem ser evitados, principalmente nesse momento da temporada. O planejamento pensando no clássico contra o Corinthians deu totalmente errado, mas sem terra arrasada. Basta que às vezes o “simples” entre em campo.