Análise: Palmeiras acumula atuações ineficazes no segundo tempo

Verdão não vence há cinco jogos consecutivos e vive momento conturbado na única competição que restou

Na noite deste domingo (8), o Palmeiras sofreu uma derrota por 2 a 1 para o Santos pelo Campeonato Brasileiro. O resultado deixa a equipe de Abel Ferreira sem vitórias há cinco jogos consecutivos, algo negativo mas dentro do normal para quem sempre faz um bom primeiro tempo e cai no segundo.

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Abel Ferreira entrou em campo com a escalação tão pedida pela torcida, com três atacantes: Kevin pela esquerda, Endrick pela direita e Rony como centroavante. Naturalmente, a equipe foi mais agressiva, mais talentosa, menos previsível. Sem tanto “chuveirinho” na área, boas jogadas foram criadas.

Foram 15 finalizações, sendo quatro diretas ao gol, com uma bola no travessão e uma nas mãos de João Paulo, além de um gol marcado por Zé Rafael. O Palmeiras foi melhor durante toda a etapa inicial, ainda que tenha sofrido o empate e não “matado” o jogo. Foi um time solto. Mas no segundo tempo todos os problemas foram colocados à prova.

O treinador optou por mudar praticamente todas as peças do meio-campo, além de tirar o zagueiro Murilo para colocar o atacante Luis Guilherme. Jogadores como Veiga e Gabriel Menino não tiveram as melhores atuações, erraram passes simples na intermediária e comprometeram.

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Defesa “desligou” justamente nas duas vezes que custaram. Gustavo Gómez partiu para o ataque com frequência, sendo que, na maioria das vezes, isso acontecia em posição de impedimento. Weverton, inclusive, começou a tentar cabeceios na área nos últimos minutos.

Flaco López não entrou bem, parecia fora de sintonia e não conseguiu criar nada. Nesse período, somente dez finalizações do Palmeiras, sendo que apenas duas foram corretas.

O costumeiro “apagão” do time nos 45 minutos finais é um reflexo do que foi feito nos bastidores do clube. Atletas desgastados física e mentalmente, garotos que precisam de ainda mais tempo em campo para criarem “casca” para esses momentos e um treinador que não recebeu opções que lhe eram de direito para tentar algo diferente.

As falhas no “planejamento” custaram as principais competições e agora comprometem a única que restou. Ou o clube volta a se encontrar em sintonia, sem desejos e projetos pessoais acima disso, ou 2023 terminará para ser esquecido.