Brasileirão

Análise: Palmeiras retoma mental forte e se sai melhor na posição de ‘anti-herói’

Verdão deve modificar alguns fatores para seguir cada vez mais firme na busca pelo título do Brasileirão

Flaco comemora gol ao lado de Gustavo Gómez (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)
Flaco comemora gol ao lado de Gustavo Gómez (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

O Palmeiras venceu o Bahia de virada por 2 a 1 depois de passar um certo sufoco na Arena Fonte Nova. Para seguir firme no páreo pelo título do Brasileirão, a equipe precisou retomar a tão falada resiliência e deve ajustar alguns fatores daqui para frente para que isso perdure.

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É notória a dependência do time na habilidade e no talento individual de Estêvão. Geralmente, todas as jogadas são destinadas a ele, o que faz com que ele decida em parte das vezes mas, em outras, fique sobrecarregado e marcado sem espaço.

Quando ele não está, o Verdão passa a depender da bola parada de Veiga ou da esperança de alguma jogada ser encaixada – coisa que não acontece com tanta frequência. Isso é muito pouco para uma equipe recheada de grandes jogadores.

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Apesar disso e de alguns problemas de desatenção, principalmente de Rony em um ataque um tanto quanto mais ‘frágil’ com ele em campo, o Palmeiras se engrandece diante das dificuldades e retomou a resiliência para conquistar resultados.

Veiga comemora gol marcado contra Bahia (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A posição de ‘anti-herói’, de time que vai ‘acabar com a alegria de outro’, de ‘equipe que não morre tão fácil’, é a favorita. É aquela prezada. É aquela com um final que justifica todos os meios até aqui.

O Palmeiras se vê na obrigação de colocar água em qualquer chopp que não seja o dele. E está certo em fazer isso. Para conquistar o tri do Brasileirão, para seguir no topo da história e do país, é necessário uma dose de canalhice e de sorte em meio ao futebol jogado no campo. O time tem tudo para ser campeão – ‘tudo’ no sentido além dos termos táticos ou técnicos.

Algumas coisas não se explicam. Essas viradas não se explicam. Esses gols encontrados. Essas cabeçadas que passam pela linha sem que ninguém as veja. Esse poder de transformar erros em acertos e em vitórias suadas, mas que contam os três pontos do mesmo jeito. Ninguém explica Palmeiras.

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