Auréola e a 12: Weverton chega ao céu e é campeão da Libertadores
Ninguém, em sã consciência, poderia, um dia, questionar a possibilidade de fazer terrena aquela que se tornou a maior simbologia de santificado no mundo Alviverde. A camisa 12 não tinha cor, nem época, ela tinha nome. Marcos. O Santo. O maior goleiro da história do Palmeiras. O homem que desviou com os olhos e o coração a bola que sagrou o Verdão campeão da América pela primeira vez.
20 anos mais tarde, já experimentado, chegou ao Palmeiras um goleiro que foi questionado. ‘Porque?’, dizíamos, trazer alguém de fora e não olhar pra NOSSA academia de goleiros. Ele foi campeão Olímpico ao lado de Prass, que era o homem da meta verde. Ele, já usando a 22, foi campeão brasileiro pelo Verdão. Ele, aos pouquinhos, foi desmontando a resistência do torcedor. Ele construiu sua idolatria.
No jogo mais importante da carreira, pouco precisou aparecer. Sumido como nunca, seguro como sempre. Evitou as poucas chegadas do Santos, se tornando Santo como apenas um.
Weverton agora é o goleiro que reconquistou a América. O homem que segurou nas mãos e na fé a avalanche rival – e não só a alvinegra -, mas a de toda essa campanha. Impediu tragédias, eliminações, frustrações, falhas, sensações das mais diversas formas. Ele sustentou o legado mais nobre que existe no Palmeiras: a função de Santo.
Está alçado ao patamar de intocável, de divino, de miraculoso. Muda pra sempre de tamanho, o gigante goleiro. Recebe a glória eterna com a medalha e o troféu, mas tem, de sobremaneira, o amor eterno de uma torcida que esperava alguém assumir essa vaga que estava definida como memória. Marcos é o Santos.
Weverton é o presente. De Deus. De Palmeiras.
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