Em dias como hoje, nós somos ainda mais Palmeiras

Nunca fomos fortes quando separados. Fomos muito mais quando duvidaram, como agora

Hoje eu me recuso a dividir. Não aceito que briguemos por nada. Hoje, não. Se você gosta do comandante, do presidente, do gandula ou do camisa 9, não importa. Não foi assim que chegamos até aqui. Não foi assim que escrevemos nosso melhores capítulos. Nunca fomos fortes quando separados. Fomos muito mais quando duvidaram, como agora.

A gente tem muito pra discutir e melhorar, mas não é hoje. Eu aposto aí com você que, se desse, estaríamos com a camisa na mochila, os ingressos na carteira e com a desculpa certa pra sair antes do trabalho. Estaríamos com os compromissos desfeitos e com um destino só. A gente só pensaria em chacoalhar a terra com o poder de um grito. A gente faria o mundo crer, mas na marra. Na força. Com sangue nos olhos.

E você sabe bem que não começaria quando o juiz apitasse, né. Tocaríamos de bar em bar, de rojão em rojão, do corredor de fumaça e cânticos fazendo o caminho da Academia até o portão C. A gente nem dormiria essa noite que passou. Eu, te confesso, não consegui, as variáveis do jogo do ano querem me assombrar, mas aí eu lembro. Logo eu? Um palmeirense. Não. De jeito nenhum.

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Eu já passei por tanto nessa vida. Já torci por time rebaixado, por time que não tinha qualquer condição, mas eu tinha fé. A fé que desviou a bola até Charles, e ele acertou o chute que nunca fora capaz. O que senti naquele Pacaembú, naquela noite, era a materialização da minha crença e do meu amor. Vencemos porque acreditamos, porque esquecemos os senões. Éramos o Palmeiras e ponto.

Várias e várias e várias vezes aconteceu, mas eles não mudam. Todos, todos mesmo, diziam: ‘Eles não são capazes de vencer, o rival é melhor’. Em todas elas, eu ignorei porque minha certeza era maior. Eu tinha elementos concretos pra crer? Claro! A minha torcida. A camisa que eu vestia com fervor. Com um P no peito, eu me achava um super herói. E nunca vou deixar de me achar.

Os que ostentaram esse uniforme, bons ou ruins, ídolos de uma vida ou de uma noite, foram capazes de se transformarem em história. É nela que eu creio. No 10, no 7, no 9, no que treina ou no que assina, por força da necessidade. Eles vão e vem, mas o Palmeiras é nosso. A alegria é nossa. A dor, também. E eu não topo viver nada que não seja uma noite de libertação.

Porque hoje é guerra.
É dia de Palmeiras. Por nós. Até o fim.

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