É o jogo mais fácil de 2020 e a Parmerada mais possível
Entre fantasmas e lembranças, o confronto é uma grande casca de banana
Podem ter certeza. É um arremedo de Goiás que virá ao Allianz Parque, neste sábado, para enfrentar um Palmeiras quase inteiro. Em condições normais de temperatura e pressão, o alviverde mais poderoso teria obrigações claras e óbvias de superar o irmão do Centro-Oeste. Está frágil, o esmeraldino.
O maldito vírus tomou conta dos goianos nesse início de Brasileirão. Contra o São Paulo, naquela que seria a estréia da equipe na competição, o coito foi interrompido há meio minuto de se concretizar. De uniforme e aquecido, o elenco, ou o que restou dele, recebeu a autorização para não jogar. Faltava gente ao glorioso Goiás.
Ainda esfacelado, o Verdão da Serra, que é aguerrido, tentou a sorte contra o bom Furacão, na Arena da Baixada. Foi derrotado, mas mostrou brio. O que não há de bastar contra o Palmeiras, mas se você está aqui, sabe do que se trata a magnífica PARMERADA. Quando superior e em ótimas condições, contra todas as previsões, o maior campeão do Brasil resolve passar sua cota anual de vergonha.
O time de Vanderlei tem tudo ao seu favor. Uma colcha de retalhos com o brasão do Goiás E.C estampada no peito e mais quase nada. Sem titulares, bancários e o que mais o vírus tirou, o esmeraldino tentará a sorte de um sábado à noite, aquele de quem todo mundo espera alguma coisa. Essa alguma coisa é que arrepia a nuca.
Foi num Brasileirão, Allianz tomado, num horário estranho, que Bruno Henrique, o hoje rubro negro, garantiu o chopp aguado dos Palestrinos. Que era regido com magia. Não há espaço para isso, dessa vez. o Goiás é só a sombra do que poderia ser e o Palmeiras tem de vencer. Se pensa em algo digno pro resto de 2020, essa peleja é inegociável.
Evitem a Parmerada.