Opinião: ‘Não é pra tanto, mas é pouco pro tanto que o Palmeiras tem que querer em 2024’

As novidades são interessantes, umas mais, outras menos; o problema está aí, por enquanto mascarado, mas logo será latente

Não acho que seja esse fim de mundo todo, não, como é sempre minha opinião sobre pós-dias ruins de futebol. Ainda assim, se optarmos pela análise fria – como Aníbal Moreno, que chegou gelado na pressão e quente na qualidade – os problemas encontrados são importantes, muito antigos e que devem se agravar se nada mudar.

Os quatro atacantes disponíveis hoje no Palmeiras não são construtores, caras que saibam usar com qualidade o sempre necessário drible. Breno, Bruno e Rony, cada qual com seu lado melhor e pior, são parecidos por essência. Estatura média, força física, muita correria e pouco trato com a bola. Eles precisam do espaço, eles não “fabricam” o espaço.

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Os dois que podem oferecer mais, estão fora. Dudu machucado, Endrick em vias de se despedir, entre Seleção e dias passando rápido. A nova geração oferece, com Luis e Estevão, mas essa não deve ser a pressão deles. São o futuro com ares de presente, mas eles não são prioridade nas escolhas – não sou eu quem digo, são as ações de Abel à beira do gramado.

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E aí entram algumas falsas verdades que foram tão faladas que nós acostumamos a repetir como se fossem verdades. Quer saber um exemplo? “O elenco cresceu”. Não cresceu. Saíram 3 – Jaílson, Kevin e Artur, e chegaram outros três. O número é o mesmo, tal qual o “defasado” grupo que encerrou com título (e dúvidas) 2023.

Faltam outras 3 peças, segundo havia dito Abel e também Leila, ambos em entrevistas coletivas. O grupo não cresceu, ele apenas se manteve. Se antes das férias a conta era essa, depois delas, penso eu, deve seguir sendo. As novidades são interessantes, umas mais, outras menos, mas o problema está aí, por enquanto mascarado, mas logo será latente.

É pouco. E a gente precisa saber que é, mesmo que ainda seja cedo.