João Pedro Sundfeld: ‘Money, money, money’

Administrando um banco, é natural está ser a preferência. Ainda mais quando não há ligação maior com o clube - diferentemente do que ocorre agora

Leila entrou no Palmeiras buscando uma coisa: dinheiro. Afinal, é para isso que serve um patrocinador. Dá dinheiro ao clube e, em troca, ganha promoção da sua imagem – o que gera lucro.

Administrando um banco, é natural está ser a preferência. Ainda mais quando não há ligação maior com o clube – diferentemente do que ocorre agora.

Com o passar dos anos, a mentalidade deveria ter evoluído, mas se manteve. Money, money, money. É dinheiro que quero, é dinheiro que busco.

Um clube de futebol, porém, não é uma empresa. Pouco importa o lucro se o resultado esportivo é ruim. Graças a Galiotte, no entanto, os resultados são bons – até agora. Afinal, foi na gestão passada que chegaram Abel e dez dos 11 titulares, Artur sendo a exceção.

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Mesmo assim, competência individual – ou até coletiva – nem sempre é tudo para obter o êxito. Muitos jogam contra – nem sempre de maneira organizada ou intencional, normalmente pela mais pura incompetência e incapacidade. E vemos isso em vermelhos não dados, pênaltis ignorados, gols anulados. Má vontade em campo e fora dele com justificativas injustificáveis que deveria ser combatida com veemência, como bem faz a comissão técnica.

A presidente, porém, não aparece. É esporte, só três pontos ou uma classificação. Um troféu que só os torcedores entendem a importância (ela entende?). Ficam os portugueses como escudos de uma gestão que declara cada vez mais suas prioridades. E estas são diferentes do que um clube de futebol precisa.

Entre assaltos à mão apitada, Leila se omite na tranquilidade de sua sala. Não declara, se exalta e dá as caras pelos atletas e técnicos que todas as semanas brigam pela camisa mais importante do Brasil. Briga, aparece e se mostra presente pelos reais. $$$! WTorre má. Justiça neles, entrevistas na mídia e declarações atrás de declarações.

Quando o clube sangra, dorme tranquila em silêncio.

Afinal, é apenas um jogo. O interesse maior não é esse.