João Sundfeld: ‘A quinta série do jornalismo brasileiro’

Quem nunca pensou que no passado era tudo mais fácil? Que bom mesmo é ser criança? Não ter responsabilidades e só se preocupar em brincar e brincar. Se divertir. Vida dos sonhos. 

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Sonhos mesmo. Essa não é a realidade. Tudo tem lado bom, mas tem lado ruim também. Quando lembramos do passado, esquecemos das desvantagens de ser pequeno. Sem liberdade, conhecimento e, principalmente, maturidade. 

Quando crescemos, ganhamos responsabilidades, algo que nem sempre é prazeroso, mas faz parte do nosso desenvolvimento. Passamos a ver o mundo de um jeito diferente, mais próximo do real. Paramos de puxar o cabelo da menina bonita da sala para chamar atenção, ou de gritar sempre que não a conseguimos. 

Passamos a lidar com a inveja de uma maneira racional. Todos a sentimos, é um sentimento natural e nada ruim. Invejar algo que não temos pode, e deve, se transformar numa vontade de o ter, sem causar mal a quem tem ou diminuir essa pessoa. 

Alguns, porém, esquecem de crescer. Se apegam à quinta série e não se desenvolvem. A maturidade necessária num adulto não está presente. O discernimento entre os sentimentos e a razão, necessário num jornalista, muito menos. 

É fácil, muito fácil, diminuir por inveja. Criar narrativas inexistes. Boatos que deveriam existir apenas nos corredores das escolas ganham espaço na televisão e nas redes sociais com milhões de seguidores. Pregam um discurso de desdém nunca dito por alguém, ou de vexame que ignora a realidade. 

A inveja gera o julgamento ruim e a ignorância. Isso por falta de maturidade, ou por acessos nas redes sociais. A vontade de ser a menina popular estereotipada de filmes adolescentes. Se perdem no personagem e não cumprem com seu verdadeiro papel. 

Inveja de um time campeão de tudo. De um trabalho impecável comandado por uma comissão técnica portuguesa (algo que gera saudades). De um time poderoso e que, mesmo deixando o Paulistão para testes, chegou ao mata-mata com uma campanha consistente. 

Ignoram os problemas causados pela competência. 79 jogos na temporada passada. Já são 37 neste ano. Excluem os fatos e chamam de vexame algo que não aconteceu. Que se acontecesse não seria. Tanto não seria vexame, como seria o ideal. 

Tudo por inveja. Ou falta de maturidade. Ou os dois. 

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