João Sundfeld: ‘E se o mundo acabasse amanhã?’
Imagine como seria se hoje o sol não aparece. Sem luz, sem calor… sem vida. Sem Palmeiras! Num dia de Palmeiras. Que faria sobrar orgulho, tranquilidade. Num momento ruim, seria suficiente para acalentar os milhões de corações que viveram vidas inteiras dedicadas a essas cores.
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Não seria feliz, mas o dever estaria cumprido. Ainda com muito a realizar, tanto já foi realizado. Tanto que compensa, que cria um sorriso nos momentos difíceis. Nos momentos finais.
Aquele 2 de dezembro faz o coração bater diferente. Orelha a orelha. Emoção ao lembrar e gratidão de ter presenciado.
O 30 de janeiro não é diferente. Gritos que valeram por uma vida. Felicidade que nunca poderá ser igualada. Emoção exacerbada, num dia histórico, que o mundo efetivamente poderia acabar, não reclamaríamos.
Mas não reclamaremos se acontecer hoje. Quem viu e quem não viu, se orgulha da Academia. Da Via Láctea. Dos ídolos que passaram e que não passarão (ou iam).
Com a cabeça no travesseiro, a vida passa nos olhos. Vemos Primo que não vimos. Oberdan que só ouvimos. Leão que só nas lendas. Marcos que passou por pouco e Prass que foi o primeiro. Weverton que é o último.
Dudu duduas vezes. Divino que voltaria pro céu. ‘São’ idem. Nós que lembramos com carinho. Eles que viveram com paixão.
Olharíamos o céu escuro, sem vida. Veríamos um brilho verde, que ofusca o ruim. Esquece o stress, mesmo sendo o causador. Que dava motivo para acordar de manhã. Que daria tranquilidade na hora de parar.
O mundo não vai acabar, como já deveria ter acontecido no início dos anos 2000, ou em 2012, e o Palmeiras vai seguir.
Por mais um ano de história. Mais um ano de conquistas.
Por mais vida e mais alegria.
Por mais nós.
Por mais Palmeiras.
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