João Sundfeld: ‘Uma vida em 12 meses’

E viu em 23 muitas vidas. Um para cada título de nossa história. O mais longo dos anos que acaba com o mais belo dos fins

Parece que foi em 1960 que o Brasileirão 2023 começou. Faz tanto tempo que mal me lembro do Veiga brincando de Ademir, Weverton gritando Valdir ao defender ou até Pelé pulando a cerca e virando Endrick.

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Parece que foi duas vezes em 67 que vi a Academia em campo. Brigando por dois Brasileiros que eram um só e que viraram 12 agora. Um espelho de um passado que sinto com olhos de lágrimas numa madrugada de êxtase.

Pode ter sido em 69, 72, 73 que Abel dominou o futebol nacional. Com um plano em mente e o time na mão, nos mostrou que ninguém é maior. Que desistir não existe, e virar é questão de tempo.

Em 93 ou 94 quando a fila acabou. A fila andou. Chegou nossa vez num time estrelado. Numa constelação de craques que se misturam com o hoje. É Edmundo, Rivaldo, Zé Rafael e Gustavo Gómez. Um time maluco que se confunde numa memória cansada de um torcedor apaixonado.

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Um torcedor que viu de perto 16 e 18. Com nomes mais próximos dos atuais, mas ainda longe da Academia que voltaria para a inveja daqueles que ousam se colocar no caminho.

E viu também 22. Um início de 23. Um time fadado ao sucesso que não poderia ser parado por presidente, construtora ou o raio que o parta.

E viu em 23 12 meses de muitas vidas. Um para cada título de nossa história. O mais longo dos anos que acaba com o mais belo dos fins.

E em 24 quem sabe não vejo tudo isso de novo. Ou ainda mais…