Julia Mazarin: ‘Em casa de Palmeiras sempre cabe mais um’

Recordações em família sempre contam com lembranças de Verdão, um sentimento passado de geração em geração em 109 anos de história

As recordações em família são sempre as mais recheadas de sentimento, assim como aquela massa feita especialmente para o almoço. Um lar costuma ter um sofá convertido em arquibancada, um controle em batuque e um simples abraço em um desabafo. Ainda bem que em casa de Palmeiras sempre cabe mais um.

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Acorda, sente o cheiro do café sendo passado, veste a camisa da sorte e vai até a padaria mais próxima. Busca o pão, ouve gracinhas e diz algumas também, senta em uma mesa ao lado de quem, sem dúvidas, vai levantar possibilidades para o jogo de mais tarde.

Discute, projeta, palpita, torce. Ajuda na preparação da massa sem deixar que nenhum resquício de farinha suje o que para muitos é apenas um pedaço de pano mas que, para outros, é ligação, apego, é a fatura do cartão excedida pelo simbolismo, é o sentimento de um domingo de futebol. Almoça, cochila, pensa, sonha, espera.

Todos os caminhos levam aos portoẽs de uma casa menor que o Allianz Parque, mas que comporta o mesmo tamanho de paixão. O ingresso é ser Palmeiras. O lugar é até mesmo o tapete do chão da sala. O campo é onde a família está. 

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Lembrar datas importantes nunca foi tão fácil quando o calendário é alviverde. Não foi o casamento da tia em 1993, não foi a reprovação na escola em 2012, não foi o baile de debutantes em 2020 e não foi o aniversário do melhor amigo em 2021. Foi Palmeiras.

Noites de terça e sexta-feira, agora noites de quarta em um caldeirão. Domingos ensolarados no estádio que jamais poderão cair no fosso de um jardim suspenso do esquecimento, momentos em família para além da torcida. Tradições que são passadas de pais para filhos, tradições para poucos. Histórias cruzadas em 109 anos.

Pega o controle da televisão que já vai começar, se ajeita, briga com quem grita gol antes e ainda duvida e não apoia uma equipe que vai lutar sem parar até sair vencedora. Comemora, abraça quem te ensinou a amar o clube e agradece com emoção por ter nascido palmeirense.

De fato, as lembranças em família são as mais recheadas de sentimento. De fato, as recordações daquele café da manhã, daquele almoço, daquele jogo, são as que mais soltam aquele cheiro de quem sempre esteve em outro patamar nos corações. De fato, em casa de Palmeiras sempre cabe mais um. De fato, é campeão.