Mauro Beting: ‘Acadêmico – Independiente Petrolero 0 x 5 Palmeiras’

Em vez de discutir se o mais bonito é o meu filho mais velho ou o meu caçula, melhor mesmo é abraçar e amar os dois, e curtir a companhia a cada momento de felicidade e festa

Ademir da Guia, pelo Instagram, mostrou como é Divino (como a pessoa que é) com a montagem da foto que ele assinou. Chamando de “Terceira Academia” o Palmeiras bicampeão da América de Dudu e Veiga como se fossem as estátuas palestrinas Dudu e Ademir. O time de Abel (em seu melhor momento) que há 18 jogos não perde como visitante (recorde do torneio). Há 12 jogos (9 vitórias) não perde na Libertadores (recorde do clube). Mantém média abusiva de cinco gols por partida em 2022 (honrando o melhor ataque na média de gols da Libertadores desde 1960 com o “retranqueiro” Abel…).

Palmeiras que baterá o recorde de gols na fase de grupos do River de 2020. E que na altitude de Sucre enfiou 5 a 0 (maior goleada palmeirense como visitante em 22 torneios disputados) contra o pavoroso rival, na primeira partida com a cavalaria escalada.

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Data venia, da Guia das duas Academias, o Palmeiras de 1993-94 jogava mais e era mais técnico. O do primeiro semestre de 1996, muito mais. Duas Vias Lácteas estreladas pela Parmalat. O campeão da América de 1999 tinha um time mais técnico que o atual, atuou contra rivais melhores, e jogava num calendário ainda mais alucinado. Também acho que nem ele mereceu o epíteto de Terceira Academia.

Mas a palavra divina é a definitiva. Sempre. Como a humildade dele. Em 1972, depois de ganhar todos os torneios que disputou como protagonista na gênese da Segunda Academia, Ademir disse ao ESTADÃO que ele ainda tinha muitas “deficiências”. Sim. O melhor de todos os palmeirenses, filho do Domingos, disse que precisava evoluir com 30 anos: “Eu tenho que melhorar muita coisa. Chuto fraco, pego mal de esquerda, não sei cabecear, estou me cansando no final dos jogos…”.

Melhor que ele, vi poucos.
Mais humilde? Só ele.

Melhor que este Palmeiras, vi poucos.
E o melhor é que vamos continuar vendo por mais um ótimo tempo.

Em vez de discutir se o mais bonito é o meu filho mais velho ou o meu caçula, melhor mesmo é abraçar e amar os dois, e curtir a companhia a cada momento de felicidade e festa.

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