Mauro Beting: ‘Choque-presidente: Palmeiras 0 x 1 São Paulo’

Grupo que precisa mesmo de alguns choques de realidade. Mas não da tropa de choque

No sábado passado, o São Paulo (com 9 dos que seriam titulares na sexta-feira seguinte no Choque-Rei) goleou o São Caetano por 5 a 1, no Morumbi. No domingo passado pela manhã em Brasília (na derrota nos pênaltis na Supercopa para o Flamengo), apenas Felipe Melo e Zé Rafael também seriam titulares alviverdes na justa derrota por 1 a 0 para o Tricolor, na noite de sexta-feira.

Na noite de segunda-feira, na vitória sobre o Red Bull Bragantino por 1 a 0, Crespo manteria 9 que começariam na sexta-feira em que o São Paulo foi sempre melhor que o Palmeiras na casa que era infausta até o ano passado.

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Terça-feira, ufa, não teve os dois em campo. Mas na quarta-feira voltaram no calendário ainda mais maluco pela paralisação do SP-21. De novo em casa, o São Paulo venceu o Guarani por 3 a 2. Apenas Igor Gomes começou o jogo entre os titulares. Ele também começaria dois dias depois no Allianz Parque pelo time que se ajusta com Crespo. Em Brasília, na mesma noite que avançou pela madrugada de quinta-feira, o Palmeiras perdeu no tempo normal para o Defensa y Justicia, empatou a prorrogação, e perdeu de novo nos pênaltis, desta vez a Recopa sul-americana. Nenhum dos titulares em Brasília começaria jogando menos de 48 horas depois contra o São Paulo.

E quase nenhum dos escalados pelo estressado além da conta Abel jogou bem o Choque-Rei. Fora duas chances com
Scarpa na segunda etapa, nada mais na balada abalada de sexta-feira se viu de um Palmeiras passado e pesado, com um meio-campo sem dinâmica, e um ataque fora de forma e sem agilidade, é que demorou para ser mexido pelo treinador.

Quando o Palmeiras equilibrava minimamente o clássico contra o igualmente esgarçado São Paulo, Scarpa foi displicente na saída de bola que jogou para Daniel Alves (muito bem como ala-direito no 3-4-1-2 de Crespo) servir Pablo para definir a justa vitória do São Paulo que ganhou 4 jogos em 7 dias. Contra um Palmeiras que perdeu dois canecos e um clássico em 6 dias.

Tem como cobrar mais?

Do São Paulo, nada além de aplaudir os placares, e aguardar cenas desses próximos videoclipes para avaliar melhor o trabalho que está se saindo melhor do que a encomenda de Crespo. Do Palmeiras, além de dar Maracugina a Abel para evitar pentelhar os árbitros, um choque-presidente para acelerar necessárias reformulações e
contratações para o elenco, e mais alguns chás tranquilizantes aos quizilentos que exigem ainda mais conquistas para um elenco que deu mais do que poderia em janeiro e março – deste ano!

Grupo que precisa mesmo de alguns choques de realidade. Mas não da tropa de choque.

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