Mauro Beting: ‘Claro e óbvio’
Nada mais é “claro e óbvio”, como protocola o VAR.
Não tem esquema na arbitragem brasileira para prejudicar um clube. Existem “apenas” maus trabalhos de árbitros despreparados. Ou desprezados. Ou que desprezam a regra do jogo. Ou a tecnologia. Ou o bom senso. Ou a inteligência.
No Choque-Rei de quinta-feira à noite, apenas no sábado, 21h26, a CBF liberou os áudios de algumas das decisões polêmicas. Depois de ter afastado corretamente o VAR que chamou Leandro Vuaden para analisar de modo que EU entendo infeliz o que ele “acertara” em campo. Ou não observara mesmo. Mas não corrigindo o que EU também não vira na cabine da Jovem Pan, no Allianz Parque.
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Áudios e vídeos liberados com “inovações”: um comentário prévio a respeito da absurda não observação da posição ajustada de possível impedimento de Calleri, no lance anterior ao pênalti marcado no atacante argentino.
Áudio e vídeo não liberado do pênalti que eu também não marcaria da bolada no braço de Calleri.
Áudio e vídeo liberados do pênalti em Dudu – que eu também não marcaria, como os outros dois lances discutíveis.
O único lance que não exigiria discutível interpretação seria a respeito da discutível posição de impedimento de Calleri.
E foi o lance que o VAR não observou.
Tão intervencionista o nosso VAR que, quando precisa de fato intervir, ele esquece. Não observa. Lava as mãos sujas.
A arbitragem brasileira, com e sem VAR, está indefensável.
Nada mais é “claro e óbvio”, como protocola o VAR.
Tudo está turvo e discutível.
O prejudicado não é o time que perde, o ajudado não é o time que ganha.
É o futebol que perde credibilidade.
Ainda mais com 48 horas de atraso para liberar os áudios e vídeos tão claros e óbvios.
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