Dudu querido, filho dos amigos Mari e Jaiminho: nem sempre o nosso time vai ganhar. Mesmo sendo o Palmeiras, e o atual campeão brasileiro, e o que mais venceu o torneio. Nem sempre um clássico vai ser vencido. Ainda mais um jogo chato como foi contra o Cruzeiro redivivo.
Dudu, nem sempre a última jogada vai dar certo. Ainda mais depois do gol que o Wesley perdeu na cara do Lomba. Era a Lei do Ex cristalina. Definitiva.
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Flaco López garante vitória do Palmeiras nos acréscimos contra o Cruzeiro
Você ainda não sabe o que é isso. Mas sei que você um dia vai saber. E vai amar o amor que seus pais têm. E o dom que o Jaime tem por captar imagens e emoções. Seu pai e eu dirigimos “12 de Junho de 1993 – O Dia da Paixão Palmeirense”, documentário que foi o primeiro evento aqui no Allianz Parque. Ele sentia que você estrearia em estádios com vitória. Tanto pressentiu que gravou a falta que o Veiga bateu e o Flaco López resvalou para fazer.
Dudu, você sabe que por estes dias, e desde 2015, é um Dudu que nos leva além. Como outro Dudu nos carregou, de 1964 a 1976.
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Hoje, em 2023, posso dizer que foi você, Dudu, até pela ausência do xará Baixola, quem fez o gol da nossa vitória. Mais do que o López. Mais do que o time bem preparado por Abel. Até quando não joga bem. Mesmo com moleques tão bons como você. E só um pouco mais velhos como Luís Guilherme e Endrick.
Dudu, o primeiro gol que você viu em estádio foi do Palmeiras. Gol de vitória. Não se acostuma, não. Nem sempre é assim.
Embora seja. Mas o mais legal mesmo é que em todos os outros jogos eles vão estar sempre com você. O nosso time que parece mesmo os seus pais.
Uma família. Essa que ainda vai morrer disso tudo. Essa que vive ainda mais por causa disso tudo.
(E, sim, os seus pais estavam mais felizes do que você. E eram mais infantis do que você nesse instante).
