Mauro Beting: ‘Curtindo o momento – São Paulo 1 x 2 Palmeiras’

Tudo dá certo e tudo dá sorte ao Palmeiras. Mas não é acaso. É pensado.

Palmeirense: aproveite, e muito. São-paulino: como o Rogério Ceni depois da virada, não tenho muitas palavras no momento, e nos últimos meses.

O São Paulo jogou o primeiro tempo como pode atuar mais vezes na temporada. E não apenas no Morumbi. Rogério mudou a equipe, e foi feliz. Os três atrás, Igor Vinicius e Reinaldo como alas, Neves na proteção à zaga, Igor Gomes e Patrick como meias mais avançados, e Calleri como referência no ataque. Abel (João Martins) mantiveram Gómez (mal) na lateral-direita numa linha de quatro, com Gabriel Menino mais participativo na frente, mas sem a mesma consistência do suspenso Zé Rafael no meio.

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O Choque-Rei era igual até 10 minutos, quando o São Paulo acelerou, criou duas chances e abriu o placar com Patrick, aos 16, numa bola que explodiu depois do escanteio no ombro dele, e pra mim, não pro VAR, depois ela relou na mão e foi para a meta. Eu teria anulado. Mesmo não tendo a confirmação visual de a bola bater na mão, o giro dela claramente é modificado por um segundo toque. Lance difícil e polêmico, como um choque entre Rony e Jandrei, aos 18 – que eu não teria marcado pênalti.

O Palmeiras demorou a acordar. E pouco faria até o intervalo, quando o São Paulo criou mais chances (6 a 3). Na segunda etapa, João Martins deveria ter voltado com Mayke na lateral, e Gómez na dele, na de Luan. O São Paulo recuou demais. E não teve chance alguma no segundo tempo. Ceni foi trocando peças cansadas, e fazendo o que dava. O Palmeiras naturalmente buscando o ataque. Mas criando pouco, mesmo com a inversão de lado de Dudu. Outro lance discutível que eu também não marcaria de Jandrei com Rony.

Chance, mesmo, só aos 29, quando Breno Lopes mandou no travessão. Depois teve um tiro de Danilo, aos 38, e outra finalização de Wesley, aos 43, com duas boas intervenções de Jandrei. O São Paulo se segurava com a torcida que aplaudia qualquer dividida do time. Até o incansável Scarpa cruzar de direita para o não menos implacável Gómez empatar, de cabeça, aos 44 minutos. Miranda tinha entrado um minuto antes para reforçar a bateria antiaérea. E o gol saiu em cima do excepcional zagueiro tricolor.

Mais 6min17s e saiu a virada, em nova batida de Scarpa, e outro gol de zagueiro – Murilo. Se não foram quatro gols em 7min12s no final do primeiro tempo contra o Atlético Goianiense, foram dois de virada em 6min17s de um Palmeiras que não é raçudo. É compenetrado. Vitorioso. Abusado. Absurdo.

Tudo dá certo e tudo dá sorte ao Palmeiras. Mas não é acaso. É pensado. Já o São Paulo segue esbarrando na falta de confiança e ousadia que têm sobrado ao rival da noite.

E da próxima quinta-feira.

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