Não canso de celebrar como palmeirense as conquistas de Abel. Não canso de recriminar (como a mulher dele e ele próprio) as atitudes intempestivas dele na área técnica. Até quando ele tem razão na reclamação com a arbitragem, ele a perde pelo destempero, exagero e virulência.
Como a caríssima Milly Lacombe chutou mais uma vez o microfone ao dizer que “quando vemos o líder do time fazer o que Abel faz a gente pode se autorizar a fazer o mesmo ou subir o tom. Se o Palmeiras vence, beleza, fica tudo bem. Mas e se perde? E a segunda, relacionada à primeira, é o triste entendimento de que, em dias de jogo, a violência doméstica aumenta no Brasil. Mulheres apanham mais, sofrem mais, morrem mais”.
Tão deplorável quanto ser mais uma vez expulso e ficar à frente de Arrascaeta antes de um lateral é Milly ter se perdido no final de um excelente texto sobre Abel e o Palmeiras dele. O melhor texto que ela escreveu em anos.
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Os absurdos e abusos de Abel fazem ele perder algumas das razões e méritos que tem. Como muitos que escrevem (eu também) têm trocado as bolas em vários campos. Em muitos textos. E dado bola e bala aos críticos e advogados. No que Milly é a Abel da crônica esportiva e política.
Todo exagero é abusivo. Como o do não menos caro Diogo Olivier, colega gaúcho que muito respeito e aprecio. Mas amo discordar. Em 2018 ele disse que o Palmeiras ser campeão brasileiro (com quase um turno com times alternativos) era “prêmio de consolação” pela Libertadores não conquistada. Na coluna que tinha como título “Mesmo que ganhe o Brasileirão, ano do Palmeiras será de derrota”.
Desta vez, Diogo falou na Rádio Gaúcha que “… se o cara ganhou, bota um psicopata lá, ele tá ganhando, tá tudo certo. É a história do Bruno, goleiro do Flamengo. Ele foi goleiro do Flamengo um tempão, ninguém se preocupou em saber como ele era… E ele era um assassino. Aí não pode”.
E não pode mesmo, Diogo. E não deve mesmo, Milly. E não pode mesmo Abel reclamar de escanteio (que foi) ao final do jogo e, por isso, ser expulso pela sexta vez, e acrescer mais dois minutos ao tempo de um jogo que parecia controlado.
Ao menos mais controlado do que Abel. E, certamente, mais controlado do que alguns de seus críticos.
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