Mauro Beting: ‘Dudu é Massa – Palmeiras 2 x 1 Red Bull Bragantino’

Cada vez mais parece um enredo monótono e previsível. E com vários clichês até o final feliz para quem torce - e muito infeliz para quem não torce

Um minuto e meio e o Palmeiras já tinha o que bem planejou, treinou e executou Abel: escanteio curto para Scarpa botar no segundo pau para Gómez achar o zagueiro Murilo para manter o desempenho que os centroavantes verdes não têm tido.

Num lance parecido, o Red Bull Bragantino empatou de cabeça, com o bom zagueiro Leo Realpe aproveitando uma carambolada na área verde, aos 17.

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Mas mesmo quando o Palmeiras já tinha aberto o placar, e mesmo cedendo o empate, o jogo seguiu o mesmo: Dudu ganhando todas de Luan Candido e de quem aparecesse por ali e servindo Veiga ou Rony. Foram sete chances palmeirenses na primeira etapa. Na penúltima delas, Dudu achou Veiga pela direita, e desta vez Rony não furou, não chegou atrasado, e nem bateu mal.

2 a 1 Palmeiras. Justíssimo, aos 39. De novo com Rony fazendo o gol depois de outras tantas chances desperdiçadas.

Na segunda etapa, a marcação do Braga foi mais adiantada e mais eficiente. A intensidade palmeirense foi bem menor. O recuo, o natural de Abel. Até demais. Mais uma vez. E o bom time de Barbieri foi criando oportunidades. Com 16 minutos já tinha tido três boas chances. A primeira alviverde foi uma espetada para Rony, aos 17. Pouco mesmo para o time com letal contragolpe e que estava carente do lesionado Danilo (ainda que Jailson mais uma vez tenha entrado bem).

Abel demorou para mexer no time que deixou de jogar e foi imprensado pelo Bragantino. Com poucas ideias, mas ótimas finalizações de fora da área, como na falta de Luan Candido que Lomba defendeu de modo espetacular, aos 24. 

Só aos 32 Wesley entrou no lugar desgastado Scarpa. Para fazer o Palmeiras ainda mandar uma bola na trave e, enfim, parar de sofer tanto. Se é que nos últimos tantos meses vitoriosos o consistente e competente time de Abel tem realmente sofrido. 

A bola fica com o rival – 56% para o Braga. Também pelo placar desde o início ser o que tem sido o SP-22: palmeirense.

Cada vez mais parece um enredo monótono e previsível. E com vários clichês até o final feliz para quem torce – e muito infeliz para quem não torce. 

Sobretudo para quem distorce.

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