Mauro Beting: Eu não sabia – Palmeiras 2 x 0 Grêmio

Mauro Beting: Eu não sabia – Palmeiras 2 x 0 Grêmio

Nada é mais individual e coletivo ao mesmo tempo do que ser torcedor. Você se acha “campeão” mesmo não tendo suado o que a gente sofre. Mesmo quando não sofre como o Palmeiras foi tetra da Copa do Brasil. Pela segunda vez invicto (6 vitórias e 2 empates). Pela sexta vez desde 1989 um campeão ganhou os dois jogos decisivos de um grande penta. Mas que só nos primeiros dez minutos da finalíssima que precisava vencer foi melhor do que o tetra. Depois por outros 10 o Palmeiras equilibrou. E desde então foi melhor do que o Grêmio. Como seria em definitivo quando Wesley fez 1 a 0 aos 7 finais em grande arrancada de Veiga. Quando Menino entrou para fazer o 2 a 0 faltando 7, aproveitando outra falha de Paulo Vítor.

Quando não havia mais dúvida de quem era o grande campeão da Copa do Brasil. Embora ainda vá ter colega que vá perguntar se a temporada palmeirense foi “boa”. Se “basta” pela primeira vez um time ganhar Liberta e Copa para dizer se estamos felizes…

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Somos campeões. E aí eu me coloco no plural. Escalando minha mãe. Ela ligou para mim que comentava na Jovem Pan seis segundos depois do apito final. Eu já estava no estúdio do Canelada FC. Dona Lucila perguntou quanto tinha sido. Eu passei o celular pro Nilson César narrar no ouvido dela que o Palmeiras era campeão. O que eu fazia antes com meu pai quando saía gol do Palmeiras. Ele ouvia do locutor que estivesse comigo o grito de gol que ele também não tinha coragem de ver e ouvir.

Foi pro Babbo que eu olhei pra cima com os dedos levantados como São Marcos na narração da Pan. Foi com o maluco do Marcão que entrei na Live dele, ainda na Pan, pra gente papear e celebrar com o outro cara que melhor me defendeu na vida. Ele e meu pai.

Quando a gente diz que também “é campeão” é por isso. Porque nosso ídolo como Marcão é Palmeiras como a gente. Como o Weverton paredão. O Gómez que é monstro, o Viña que vai e vem, o Empereur que vai Alan, o Marcos que é Rocha, o Felipe que capacita, o Zé que pinta como Rafael, o Wesley que é de raça mesmo, o Veiga que joga como Raphael, o Rony que virou o jogo, o Luiz que impera como Adriano, o Abel que redescobre o Brasil e a América, os três porquinhos Danilo, Patrick e Menino, o Willian que é tudo, o Jailson que nos representa, o Luan que merece o título, o Scarpa e Lucas Lima que têm bola pra mais, o Mayke campeoníssimo como o Palmeiras, o Breno que também não pôde refazer a glória eterna, o Veron que honra o sobrenome, o Palmeiras que honra 100 anos depois a pazza gioia do primeiro ano campeão em 1920.

Todos somos um. Pra não falar que somos 15 vezes campeões de forneios nacionais.

Ah, honestamente, eu não sabia.

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