Mauro Beting: O camisa 9. Nove anos

Babbo, eu não sei se você sabe, embora você sempre soubesse de tudo de família, de amor, do Palmeiras, e do nosso amor da família Palmeiras

Babbo, eu não sei se você sabe, embora você sempre soubesse de tudo de família, de amor, do Palmeiras, e do nosso amor da família Palmeiras.

Eu estreei no SBT em setembro de 2020. Junto com a Libertadores. A da pandemia. Aquela que só acabou em 30 de janeiro de 2021 por causa disso. No Maracanã contra o Santos que você tanto cobriu, meu pai, como jornalista esportivo. Até criando e dando a placa do Gol de Placa a Pelé.

Rei que depois retribuiu a homenagem em vida, no ano de 1999. Quando o Palmeiras ganhou a nossa primeira Libertadoras. Santos que também te homenageou em 2012 no primeiro jogo depois de sua partida.

Em janeiro de 2021 foi o glória eterna bicampeã no Maracanã contra o grande Santos que queria ser tetra. Em novembro de 2021 o novo Maracanazo. Contra o grande Flamengo bicampeão brasileiro que queria o tri. E era mais time. Tinha mais elenco. Menos desfalques que o Palmeiras.

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Como na semifinal o Atlético Mineiro também tinha mais time. Mais elenco. Mais futebol. Criou mais chances. Estava invicto também. Mas não foi mais do que o Palmeiras. Como nenhum outro brasileiro tem mais títulos nacionais que o Verdão. Como nenhum outro clube brasileiro tem melhores números na história da Libertadores.

Em 1961, Babbo, você era repórter e estava atrás da meta do Pacaembu no gol que daria o título da Libertadores para o Peñarol.

Sessenta anos depois, seu filho comentou o novo Maracanazo do Palmeiras pelo SBT. Setenta anos depois da conquista da Copa Rio. Dez meses depois do bicampeonato da Libertadores no Maracanã.

Não só o seu filho Mauro estava na cabine do SBT. Lá na torcida tinha o seu neto Gabriel torcendo pelo nosso Palestra ao lado da sua netinha postiça Manoela. Filha da Silvana, a mulher do seu filho que você não conheceu.

Mas eu sei muito bem que aí de cima você a reconhece como neta. De sangue verde. De coração quente e cabeça fria como o Abel. De mão firme como o Weverton. De pé quente canhoto como o Raphael Veiga. De pé direito vencedor como o Dudu. De raça paraguaia como o Gómez. De garra charrua como o Piquerez. De cabeça boa como o Scarpa, de superação como o Mayke, de talento de casa e berço como Danilo e Patrick de Paula. Da correria do Rony mais do que rústico.

Campeão. Como o seu Palmeiras que quando você partiu, tinha acabado de ser rebaixado em 2012.

Tricampeão como o seu Palmeiras que amanhã, no dia exato da sua partida ha exatos e incertos 9 anos, celebra mais uma linda história de família Palmeiras.

9 anos. Como a camisa do Deyverson.

Explicar a emoção para quem torce por ele é desnecessário é impossível.

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