Mauro Beting: ‘Palestra, 107 – e contando’
O maior campeão do Brasil faz 79 anos como Palmeiras. E faz em 26 de agosto 107 anos como Palestra Italia.
Por desgraça do espírito bélico da Segunda Guerra, intolerantes do Brasil exigiram a mudança do nome de graça e de batismo, jamais nome de guerra. Não pôde ser mais Itália. E depois não pôde mais ser Palestra.
Virou Palmeiras. Virou história campeã do século XX.
Também por ser o primeiro campeão intercontinental do país na Copa Rio de 1951. Quando entrou em campo com a bandeira do Brasil no peito. Como na Arrancada Heroica de 1942. Quando o Palmeiras nasceu campeão paulista entrando no gramado em que a taça o aguardava no Pacaembu com o pavilhão nacional verde e amarelo. Sempre mais verde. Nunca amarelando.
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Palmeiras que foi todo o futebol brasileiro para o mundo ver em 1951 também foi toda a seleção brasileira em 1965, quando jogou com a amarelinha para vencer o Uruguai, na inauguração do Mineirão.
Feitos que não são fax. São fatos. Não são fake news. São história de quem vive a contando. Não recontando canecos. Sempre erguendo copas que celebram a tabelinha entre a Itália que fez nascer o clube paulistano, e o Brasil que o fez crescer mais brasileiro.
O maior campeão nacional.
O clube de colônia que abriu os portões para abraçar o país. Os pais italianos criaram crianças de todos as crenças. Torcida alviverde que canta e vibra por todo canto com a fibra ótica conectada na modernidade de uma arena multiuso campeão. De parcerias pioneiras e vitoriosas. Sociedade esportiva que honra a tradição da família Palmeiras.
Gente que corneta de berço. Arquibancada exigente por ter celebrado times históricos. Academia de bola que ensina por ser e dar Palestra. Que não se perca pelo nome. E tudo ganha com três nomes na sua história.
Palestra Italia até 1942. Palestra de São Paulo por alguns meses. Palmeiras de todo o Brasil para sempre.
Do estatuto em italiano a todos os estados brasileiros em pouco tempo, o Palmeiras tem a alma de periquito que tabela com o espírito de porco. Parceria público privada. PPP. Parceria Palestra e Palmeiras que representa a São Paulo cosmopolita. O Brasil colorido. A pátria-mãe e o país da Nonna que se unem em um só time. Em várias seleções naturais. Mas que jamais são exclusão. São cada vez mais gente de verde sendo mais gente e mais verde. Sem elitismo. Só palmeirismo.
Aceitando todas as diferenças e distinções. É entendendo o melhor ponto em comum. O mais incomum. O incondicional.
O amor de família. De país para filhos.
De Palestra para Palmeiras desde 1942. De Palestra para o panteão desde 1914.
Parabéns, Palestra, pelos seus 107 anos.
Obrigado, Palmeiras, pelos nossos 79 anos.
E Pelos meus 54.
E contando.
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