Mauro Beting: ‘Palmeiras 0 x 0 Atlético Mineiro – esvaziado’

Nem os desfalques justificam a ausência de emoções no Allianz Parque. Dois dos grandes favoritos a tudo em 2022 podem e devem jogar mais

Foi melhor o clássico deste domingo do que o Palmeiras 0 x 0 Atlético Mineiro, sem público e sem futebol e sem emoção, na primeira partida da semifinal da Libertadores de 2021. Quando então o Galo perdeu um pênalti com Hulk mandando a bola na trave, teve ainda mais três chances apenas, enquanto o mandante teve apenas um chute na meta do Everson, um traque de Rony de fora da área, e nenhuma chance de gol real em uma partida ainda mais decepcionante no ano passado.

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Pelo BR-22, ainda que o Palmeiras sem Weverton, Gómez, Danilo (e sem Rafael Veiga, raramente lesionado, aos 13 minutos), e o Galo sem Arana, nem esses desfalques justificam a ausência de emoções no Allianz Parque. Dois dos grandes favoritos a tudo em 2022 podem e devem jogar mais.

Foram apenas seis chegadas palmeirenses, a três atleticanas. Mas é o futebol de hoje. Onde a CBF não ajuda com o calendário intenso e insano. Quando parece que os times também não querem se ajudar.

Galo começou um pouquinho melhor e, acredite, o clássico deu uma equilibrada quando Veiga saiu lesionado. Mas não pela ausência de um dos craques do futebol sul-americano hoje. Nem pela mudança tática que obrigou Abel a abrir Rony pela esquerda, mantendo Dudu aberto pela direita, centralizando Navarro (que entrou muito mal, mais uma vez). Perdendo no final do primeiro tempo um gol que ele faria na Libertadores, cara a cara com Everson, mas que ele não tem feito em jogos contra adversários bem melhores como é o Galo.

Um time bem protegido pela presença incansável de Allan na frente da área, mas com partidas mais pálidas de Nacho na construção e de Hulk na finalização.

No frigir das bolas, uma partida esvaziada. Como fez a CBF desde a convocação.

Mais uma vez.

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