Mauro Beting: Passando o chapéu – Corinthians 0 x 2 Palmeiras

Dudu está voltando ao Palmeiras. No mesmo dia em que o palmeirense celebra o retorno de seu melhor jogador nos últimos 10 anos (e que estava se acertando com o Corinthians ou com o São Paulo em janeiro de 2015), o torcedor campeão paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores teve ainda mais motivos para sorrir da própria alegria, e da desgraça do maior rival.

Depois de 12 jogos do SP-21 atuando com no máximo 4 titulares, Abel pela primeira vez mandou o time mais completo possível. Só não estava Marcos Rocha das atuais opções preferenciais do treinador. Do lado alvinegro, outro ala-direito ausente (Fagner). E praticamente o melhor time possível para Mancini. Ou o menos problemático., repetindo o 3-4-2-1 que deu liga nos 4 a 1 contra a Inter de Limeira. O dono da casa começou o Derby até chegando mais, numa bola longa de Luan à direita de Weverton. Mas a letal resposta palmeirense no contragolpe aos 12 minutos praticamente definiu a classificação do melhor time. Mais uma transição defensiva lenta e desorganizada corintiana fez a bola solta com facilidade por Cássio se oferecer a Victor Luís para abrir o placar.

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Tão fácil estava para o favorito que o ala-esquerdo apareceu de novo livre e mandou na trave direita da bandeira alvinegra da meta. Outra bola na outra trave no final do primeiro tempo poderia coroar um primeiro tempo em que o Palmeiras foi muito melhor do que o Corinthians. Mesmo sem preciso forçar tanto.

Mancini mudou o Timão na segunda etapa. Mas a diferença entre as equipes seguia brutal. Como segue eficiente a barreira palmeirense à frente da meta do impressionante Weverton, que desde 2018 não tem fase ruim. Tanto que bastaria um pouco mais de pressão no contragolpe do visitante para uma bela troca de bolas entre Rony e Luiz Adriano dar no segundo gol alviverde, aos 30, marcado pelo centroavante.

Tudo parecia definido. Mas Danilo extrapolou na firula na entrada da área, e, na sequência, pênalti discutível marcado dele em Mosquito.

Luan mandou no travessão a bola que ainda bateu na orelha de Weverton. Não é preciso dizer que não entrou. E se ainda estivessem jogando até agora, muito provável que o Corinthians seguiria perdendo mais um jogo em que pouco criou e muito espaço doou ao rival – e a conta acabou sendo paga por Mancini, que, como era de esperar, terminou seu ciclo de sete meses em Itaquera. Onde fez até mais do que poderia com tantas pendencias e dúvidas e dívidas penduradas.

Algo fatal contra um Palmeiras que segue muito firme, muito forte, muito competitivo.

Para vergonha alheia. Não dele.